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São Paulo

The Coffee Traveler by Ensei Neto

VIDEOS

Baristas & Lattès by Heart

Daniel Kondo

Como é tradicional, o USBC – United States Barista Championship (Campeonato de Baristas dos Estados Unidos) acontenceu juntamente com o Conferência e Feira da SCAA, este ano em Long Beach.

Foram quase 50 competidores, em seu maior evento até agora.

A grande campeã foi a barista Heather Perry, da Coffee Klatch, de San Dimas, CA, que representará seu país no concurso mundial que acontecerá em Tokyo no início de agosto próximo.

A representante do Brasil será a barista Silvia Magalhães, do Café Octavio, de São Paulo, e que já teve experiência anterior no certame internacional.

Em 15 minutos, como regra da competição, o barista deve fazer 3 preparos na seguinte sequência: espressocappuccino e uma bebida derivada de café de livre criação.

São verificados aspectos como consistência e coloração do creme, no caso do espresso. Para ocappuccino, obviamente a vaporização do leite recebe a maior atenção…

Nesta competição, para se ter idéia, um dos drinks mais exóticos foi um preparado com missoshiru(caldo de missô – massa fermentada de soja) adicionado a um café em French Press. Foi ousado, no mínimo.

Aqui estão grandes baristas formados na Zoka Coffee, de Seattle, uma das minhas micro-redes premium favoritas, e que usa como forma de promoção o fato de grandes campeões terem passado em suas fileiras!

A partir da esquerda, Bruno Souza, o pioneiro dos cafés especiais brasileiros no Northwest norte-americano, Dismas Smith, Chris, Tricie Skeie, e eu, seu Coffee Traveler.

Para terminar, um pequeno vídeo durante o aquecimento dos baristas, com Jon Lewis preparando um Lattè com coração em sequência a um com roseta:

El Injerto Coffee by Clover

Daniel Kondo

Durante a Conferência da SCAA – Specialty Coffee Association of America, que ocorreu no início deste mês de maio em Long Beach, CA, foi organizado pelo Roasters Guild, que é um clube de pessoas ligadas à indústria de torrefação estimulado pela SCAA, mais uma competição de qualidade entre cafés de diversas origens no local denominado Cupping Pavillion.  

Mais de 30 juízes de cafés especiais avaliaram aproximadamente 100 amostras de café.

Foram inscritos cafés de diversas origens como América Central, África do Leste (como Ethiopia e Kenya), Pacífico, Sudeste Asiático e América do Sul.

Infelizmente, o Brasil não teve um único lote representado neste certame, cujas inscrições de amostras devem ser feitas exclusivamente pelas entidades de produtores que mantém acordos de cooperação com a SCAA. Por outro lado, os países centro-americanos, devido ao grande número de amostras inscritas, formaram grande parte dos grupos de cafés sob avaliação.

A Metodologia de Avaliação Sensorial da SCAA verifica 10 diferentes atributos do café: Aroma/Fragrância, Uniformidade do Lote, Ausência de Defeitos de Bebida, Doçura, Sabor, Finalização, Acidez, Corpo, Equilíbrio e um Conceito Final. Cada atributo recebe, individualmente, nota que pode variar de zero a dez pontos, sendo que a soma total pode atingir cem pontos SCAA, em escala decimal.

Num próximo post explicarei sobre como cada atributo é avaliado.

O que torna o método muito consistente e, por isso, cada vez mais bem aceito, é o fato de que todas as condições de avaliação estão codificadas, de forma que os resultados, desde que as provas sejam feitas por juízes capacitados, são muito assemelhados independente do local que isso ocorrer.

Os resultados podem ser expressos através de um gráfico, como este acima.

Nesta competição, estes foram os grandes vencedores:

1. Hacienda La Esmeralda, da região de Jaramillo, Boquete, Panamá.

Esta fazenda vem produzindo excepcionais cafés ao longo dos anos, sendo que uma das varietais “de ponta” é a gueisha. Apresentou grande complexidade na bebida, porém o atributo mais chamativo é sua elevadíssima acidez, que lembra cafés da África Oriental.

2. El Injerto, Huehuetenago, Guatemala.

Os cafés produzidos nesta fazenda, cujo nome signfica “enxerto”, têm mantido espetacular regularidade em concursos de qualidade em seu país e mesmo neste Cupping Pavilion. Este foi o meu café favorito, apresentando aroma e sabor de grande complexidade. Suas notas de sabor iniciavam-se com destaques frutados como pêssego e abricó, passando para delicados toques de amêndoas e finalizando com delicado tom de cravo e canela.  

Foi como se toda a Roda de Aromas e Sabores tivesse passeado na boca!

Ao final da competição, pedi um pouco da amostra deste café do “El Injerto” e levei para uma prova na máquina “Clover” no estande da Clover Equipment.

Um café incrível tem que ter um tratamento digno, que é o que esta máquina proporciona.

Neste pequeno vídeo, David, host da Clover e responsável pela área de marketing, nos mostra o ciclo de extração do maravilhoso café El Injerto by Clover.

Saboreiem comigo…

Rain Forest: certificado de compromisso com o meio-ambiente

Daniel Kondo

Os efeitos do aquecimento global estão como manchetes em todas as mídias, além de já fazer parte das discussões do dia-a-dia.

Tanto as revistas como os noticiários da tv mostram que o clima está mudando mais rapidamente do que se supunha e que alguma atitude tem de ser tomada. E neste caso, cada um de nos tem um papel importante.

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O primeiro sistema de cerificação com foco na preservação das vegetações nativas eh o da Rain Forest Alliance.

Com base de campo na Costa Rica, iniciou seus trabalhos com cafes sombreados, passando, posteriormente, para outras culturas e, inclusive, manejos de florestas.

Neste video, Oliver Bach, que eh o responsável pela area de certificação e divulgação da missão da Rain Forest Alliance, comenta um pouco sobre o maior envolvimento do produtor e consumidor sobre este importante tema:

Coffee & Laser

Daniel Kondo

Grandes invenções acontecem muitas vezes ao acaso, a partir de uma inesperada manobra no laboratório.

Por outro lado, idéias malucas brotam quando os pesquisadores, incluindo-se nerds e geeks, estão em seu tempo de “ócio produtivo”.

Imagine preparar um café instantâneo ou aquecer água para um chá por… laser!

Isso mesmo!

Apresentado pelo Companheiro de Viagem Joseph Rivera, em seu website Coffee Chemistry, esta foi a idéia desse pessoal “louco” por café, que utiliza um equipamento que emite raios laser de 2.000 watts de potência…

Coffee & Cigarettes – Iggy Pop & Tom Waits Sketch

Daniel Kondo

Fiz um comentário num post anterior sobre o genial filme “Coffee & Cigarettes”, de Jim Jarmusch, e que é uma série de esquetes ambientados em cafeterias do tipo anos 50.

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Diversos artistas foram convidados para dar seu ar da graça, como Cate Blanchet, Bill Murray, Roberto Benini e Alberto Molina.

A dupla café e cigarro está presente em todos os momentos, fazendo fundo e, ao mesmo tempo, servindo de tema para as discussões.

Considero o ponto alto do filme o esquete que reune Iggy Pop e Tom Waits.

A conversa com toque de “filosofia de cafeteria” de fim de noite é muito engraçada e as duas figuras estão impagáveis, principalmente porque estão se auto-interpretando.

Pegue sua xícara com um belo café e aprecie este “take”:

Café e Cachaça – Certificação orgânica

Daniel Kondo

A palavra “crise” em japonês é representada por um kanji ou ideograma que é composto por dois outros e que, respectivamente, significam “Risco” e “Oportunidade”.

Normalmente quando nos deparamos com um grande problema, o primeiro sentimento que nos abate é o de risco que automaticamente estimula nossa autodefesa, muitas vezes num misto de retração e medo. Daí, para a solução adequada do problema, é importante enxergá-lo de forma que chamamos de multiangular, quandooportunidades podem ser identificadas.

É como um ditado popular: “É sempre bom saber fazer de um limão uma limonada…”

Observe que a Fazenda Esmeril, em Patrocínio, tal qual a da Vinícola Cousiño Macul, está em área hoje considerada urbana. E deve ser lembrado que as atividades agrícolas vêm sendo desenvolvidas muito antes de se pensar que o “sertão se tornaria cidade”…

Porém, de forma sensata, para contornar esse momento decrise, ambos adotaram sistema de produção que não só viabilizasse seus negócios, mas que também acabou por impulsioná-los.

As lavouras de café e cana de açúcar de Danilo Barbosa possuem certificação que atende normas da IFOAM e JAS (Certificação Orgânica Oficial do Japão) entre outras.

A certificação orgânica possui diversas ramificações e em diversos mercados são normas oficializadas pelos governos desses países. Num próximo post farei um painel sobre este assunto.

Neste caso, as cultura de café e da cana de açúcar acabam contribuindo mutuamente para o equilíbrio dos solos onde cada uma está se desenvolvendo, quando seus resíduos são reutilizados dentro de uma visão holística que é, independente do modelo de produção, desejável na agricultura como um todo.

Vamos visitar a cave onde a cachaça Bendito Grau, de Danilo Barbosa, descansa placidamente antes de chegar aos palatos dos apreciadores da bebida que representa o espírito brasileiro:

Quando o sertão vira cidade – Certificação orgânica

Daniel Kondo

A Casa Vinícola Cousiño Macul é a mais antiga do Chile, tendo-se instalada em 1856 nos arredores de Santiago. Hoje possui lavouras principalmente no Vale Central, junto à Cordilheira dos Andes, porém sua área original ainda permanece produtiva junto à capital chilena.

Com o passar dos anos, a expansão que Santiago experimentou fez com que a fazenda onde se localiza a sede e as lavouras originais da Cousiño Macul passasse a fazer parte da área urbana da Grande Santiago.

Esta foto é de uma área podada na Grande Santiago, como parte dos preparativos de uma nova safra. 

Com a crescente urbanização de sua vizinhança, que passou a demandar crescente cuidado no tocante ao uso de agroquímicos, e, ao mesmo tempo, devido a um maior conjunto de exigências de alguns de seus mercado, seus dirigentes resolveram experimentar processos produtivos alternativos, optando pelo sistema orgânico.

Assim, foi uma das primeiras vinícolas a oferecer vinhos com certificação orgânica do chamado Mundo Novo.

Há um paralelo muito interessante na cidade de Patrocínio, no Cerrado Mineiro.

A Fazenda Esmeril, quando foi adquirida pela família Barbosa na década de 1980 com o intuito de plantar café, era localizada na então zona rural. Da mesma forma que ocorreu com a Vinícola Cousiño Macul, com a expansão da cidade, passou a integrar a área urbana. Veja na foto, em primeiro plano, o cafezal e, ao fundo, a cidade de Patrocínio, com destaque para as torres da igreja matriz.

Só que Danilo Barbosa, que é psicólogo de formação, ao assumir a propriedade, resolveu introduzir a produção de cachaça, desde o plantio da cana de açúcar até a sua industrialização. Devido à urbanização, ele entendeu que a melhor alternativa seria a de aplicar conceitos de produção orgânica em suas lavouras de cana de açúcar e café.

Assista ao depoimento de Danilo sobre essa transição:

Safra 2007 – Patos de Minas, Cerrado Mineiro

Daniel Kondo

Wagner Ferrero, da tradicional Família Ferrero de Altinópolis, SP, possui uma propriedade no município de Patos de Minas, Cerrado Mineiro, situada numa bela chapada a 1.050 m de altitude, toda voltada para produção de café.

Esta propriedade é considerada modelo pelo interessante manejo empregado na lavoura, desde os tratos culturais até o momento da colheita. Como destaque, possui um excepcional índice de obtenção de grãos preparados pelo sistema de Cerejas Descascadas – CD, sendo seus resultados apresentados em congressos da cafeicultura pelo agrônomo Carlos Piccin.

Acompanhe o depoimento do Wagner sobre as condições da lavoura e sobre o clima na Fazenda Pântano:

Safra 2007 – Barreiras, Oeste da Bahia

Daniel Kondo

Glaucio de Castro é produtor de café em Barreiras, Oeste da Bahia.

Nesta origem, onde obrigatoriamente as lavouras são irrigadas, o módulo das lavouras de café corresponde a aproximadamente 100 hectares (1 hectare = 10.000m²), que é a área média de um pivô central, sistema automatizado de irrigação, como está na foto. Glaucio, que se considera um “pequeno produtor” dessa origem, possui 3 pivôs.

Apesar de algumas pequenas diferenças no clima em relação às outras origens, alguns problemas são comuns.

Um dos aspectos que mais se destaca nessa origem é o fato de que o solo é muito arenoso e muitos técnicos consideram que é como se as lavouras debaixo dos pivôs se assemelhassem às cultivadas por hidroponia!

Além disso, pelo fato da região estar a uma Latitude Sul menor que 15°, a temperatura média é bastante elevada.

Acompanhe, agora o depoimento do Glaucio:

Safra 2007 – Altinópolis, Alta Mogiana

Daniel Kondo

Carlos Piccin é agrônomo e atende clientes em diversas origens brasileiras de café.

Recentemente, esteve na região da Alta Mogiana, em São Paulo, mais precisamente em Altinópolis.

Piccin comenta sobre a situação das lavouras de café e os efeitos do clima para esta safra, além de algumas considerações interessantes.

Acompanhe.

Safra 2007 – Serra do Salitre, Cerrado Mineiro

Daniel Kondo

Geraldo Alves Melo é um produtor de café do município de Serra do Salitre, Cerrado Mineiro.

Apesar de ser um pequeno produtor rural, possui lavoura de 8 hectares de café (1 hectare = 10.000 m²) e graças ao seu capricho, Geraldo sagrou-se finalista da Edição 2004 do Concurso de Qualidade de Cafés de Minas Gerais.

Assista ao seu depoimento: 

Safra 2007 – Manhumirim, Matas de Minas

Daniel Kondo

Nesta época do ano,  a safra brasileira de café fica praticamente definida.

Com o objetivo de criar um painel sobre a Safra 2007 de café através da perspectiva do produtor, iniciaremos com um depoimento do Sérgio D´Alessandro, de Manhumirim. Ele é Diretor da SCAMG – Associação de Cafés Especiais de Minas Gerais, que tem sede em Manhuaçu. 

Sérgio fala sobre sua espectativa para a safra na Zona da Mata, comentando um pouco sobre os efeitos do clima da região nas lavouras.