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São Paulo

The Coffee Traveler by Ensei Neto

VIDEOS

Saia do automático! – 2

Thiago Sousa

Continuando o tema sobre “Sair do Automático”, há alguns aspectos interessantes que gostaria de comentar.

No post anterior o ponto central estava na geometria da xícara, que mudou, digamos assim, a percepção da bebida. A extração foi feita a partir de um único portafiltro, porém os resultados, como registrei, foram diferentes. Maior área de contato com o ar, menor espessura da crema e assim por diante… muitos fatores que promoveram a modificação dos sabores que podem ser percebidos por nós!

Outro elemento que você pode modificar e experimentar seus resultados é a temperatura de consumo

Uma vez extraído, qual seja o serviço escolhido, deixe o café esfriar. É um hábito comum no Japão, terra das chamadas “latinhas de café”, que vendem algo como 400 milhões de unidades por mês! 

Ah, é importante lembrar que para isso você deve fazer apenas se o café for de grãos muito bons, selecionados e com alta qualidade, caso contrário, o resultado será desastroso!

Um paralelo pode ser feito com o chá. Há tempos atrás o chá era servido exclusivamente quente com um pouco de açúcar ( no imaginário do pessoal vinham os charmosos cubos de açúcar…), limão ou, eventualmente, um toque de leite integral. Assim como no café, no chá o sabor adocicado e delicado é muito apreciado. Para isso, existe um enorme cuidado durante a colheita, totalmente seletiva, buscando as melhores folhas.

Hoje em dia é muito comum, mesmo no Brasil, o consumo do chá frio e até gelado. Alguns já são comercializados em embalagens longa vida.

Beber café frio ou gelado não é uma heresia!

É questão cultural e, no caso brasileiro, uma tentativa de ”sair do automático”…

Mas, sempre respeitando-se o princípio de que os grãos devem ter sido colhidos plenamente maduros, passando pelos processo de secagem e rigorosa seleção dos grãos crus. E aí segue para uma torra cuidadosa e, por fim, a extração bem feita.

Experimente. Saia do automático!

Veja a seguir como foram preparadas as xícaras de espresso que deram origem a esta pequena série…

Sinal dos tempos: Recall de moinhos portáteis

Thiago Sousa

recall está se tornando corriqueiro em todos os setores de negócios, sendo os mais frequentes aqueles feitos por empresas do setor automobilístico.

No entanto, recentemente a gigantesca rede de cafeterias Starbucks iniciou um recall de nada mais nada menos do que 530.000 (isso mesmo!) moinhos portáteis vendidos entre 2002 e 2009, pois apresentam como malfuncionamento o fato de não desligar ou ligar espontaneamente.

Cada um com problemas do seu tamanho…

Saiba mais neste vídeo da Austin News – kxan.com:

The Intrepid COURIER COFFEE by Joel Domreis – 1

Thiago Sousa

Sempre digo que o mercado de Cafés Especiais (Specialty Coffee) se distingue por ter alma dacontracultura.

Entende-se por contracultura “tudo que vai contra o sistema vigente”.

Para ser mais simples: criatividade e contestação em elevados teores, coisa típica de quando somos adolescentes, gerando a chamada “rebeldia criadora”. São exemplos de Bill Gates (Microsoft), Steve Jobs (Apple), Jerry Yang & David Filo (Yahoo), Larry Page & Sergey Brin (Google), todos criativos rebeldes que subverteram a antiga ordem imposta pela Big Blue, como é conhecida a gigantesca IBM, que era dominante até a chegada dos PCs.

No curso normal das coisas, idéias visionárias ganham forma e peso, conquistando o mercado e, com o tempo, se consolidam. O grande desafio é que ao consolidar posição, principalmente para os que ocupam a liderança, vem junto a acomodação e, consequentemente,ao emprego de estratégias conservadoras. É quando se estabelece o regime dominante.

Grandes “players” se constituem nos alvos preferidos dos rebeldes criativos, pois estes passam a enxergar as oportunidades de inovação para as quais as empresas de porte paquidérmico  perderam sensibilidade. Os grandes organizações mantém em geral estratégia de participação no mercado através da ocupação por volume, enquanto que os pequenos espertos atuam nos flancos como guerrilheiros (para compreender melhor estes conceitos, leia o delicioso livro Marketing de Guerra, de Al Ries).

Esta pequena introdução foi justamente para falar de um “moleque”, como ouvi de alguns profissionais da região, que está fazendo uma pequena revolução: Joel Domreis.

Com pouco mais de 20 anos, este “new kid on the block” teve uma idéia brilhante: um serviço personalizado de entrega de cafés absolutamente especiais, usando bicicletas.

Apaixonado por ciência, maluco para consertar equipamentos em geral, curioso ao extremo para aprender cada pequeno segredo sobre o nosso grão maravilha, Joel é a síntese da contracultura! Usando sempre um indefectível gorro azul que lembra o famoso primo do Pato Donald, o Peninha, Joel traçou estratégia de negócios que deixa qualquer marmanjo experiente no bolso. Instalou sua minitorrefação numa área que é muito receptiva à novidades, cheia de pequenos restaurantes e delikatessens, além de um público ávido por cafés de altíssima qualidade. E por que não fazer entregas quase que diárias, como o antigo serviço de leiteiros que existia nas grandes cidades brasileiras até a década de 70?

Como um completo showman, Joel escolhe, torra e entrega os cafés nas bicicletas que estão na foto anterior. Além de pegar equipamentos usados e consertá-los, ainda tem tempo para escrever e desenhar, como fez ao criar a logomarca do COURIER COFFEE ROASTERS, na sempre surpreendente Portland, OR.

Veja neste vídeo um pouco do trabalho e perícia do Joel…

Um pouco mais de sal, barista!

Thiago Sousa

Veja o vídeo abaixo, por sugestão do Companheiro de Viagem Sérgio Parreiras, um dos mais atuantes pesquisadores do venerado IAC – Instituto Agronômico de Campinas, extraído do programa Pelo Mundo, do canal Globo News, em 20 de março deste ano.

A reportagem, que tem uma rede de cafeterias de Taiwan como tema, comenta sobre um novo tipo de serviço, considerado inusitado pela repórter:

http://video.globo.com/Videos/Player/Noticias/0,,GIM987104-7823-CAFE+COM+SAL,00.html

A rede de cafeteria de nome 85 Bakery Cafe (www.85cafe.us) iniciou suas atividades há pouco mais de 5 anos, porém hoje suplanta a gigante Starbucks em Taiwan.

Mas, será que realmente é estranho adicionar sal no café?

O proprietário da rede, Wu Chen-hsueh, que além de Taiwan está se expandindo pela Austrália, China e Estados Unidos, partiu de alguns dos princípios da Ciência dos Alimentos, particularmente dos Sabores Básicos.

Hoje, consideramos 5 os Sabores Básicos: Doce, Salgado, Ácido, Amargo (os Quatro Clássicos) eUmami (este último incorporado depois de muita pesquisa sobre nossa reação diante do Glutamato Monossódico – MSG).

A combinação dos sabores básicos, principalmente entre os três primeiros, Doce-Salgado-Ácido, criam diferentes percepções para nós.

Um exemplo: inicie com um copo com suco de limão em água. Adicione um pouco de açúcar. Pronto!

A quantidade de ácido cítrico, que confere acidez ao nosso suquinho, continua a mesma, porém, após a adição do açúcar a impressão que se tem é a de que a acidez diminuiu. Na realidade, não, porém a combinação com o açúcar faz com que passemos a interpretar como se a acidez tenha ficado mais suave, ao mesmo tempo que surge a impressão de que o suco ficou encorpado.

O sal confere características interessantes no caso da cobertura de creme. Primeiro melhora sutilmente a consistência do creme e, depois, intensifica nossa percepção dos sabores que estão no café, uma vez que o sal de cozinha atua como um amplificador das nossas papilas. Caso o creme não fosse salgado, permaneceria apenas a sensação aveludada e amanteigada em nossa boca; o sal faz com que esta percepção seja mais curta, preparando-nos para quando chegar a vez do café.

A primeira impressão que se tem quando o café entra em contato com nossas papilas  é a de que os sabores, num primeiro momento, ”crescem” exponencialmente, intensificando as notas adocicadas e, em seguida, as de sabor como florais ou mesmo a caramelo e frutas secas. É fruto de sólido conhecimento de Ciência dos Alimentos e de Interpretação de Percepções Sensoriais.

Esta foto foi captada durante um dos testes sensoriais que aplicamos nos Cursos Avançados de Avaliação de Café, com base na Metodologia SCAA. No próximo evento, que acontecerá entre 19 e 22 de maio próximo, farei a introdução de novos exercícios específicos sobre este tema e que são muito interessantes.

Para mais informações sobre o curso, verifique o link na coluna à direita em CURSOS.

Twist by Mypressi: portable espresso

Thiago Sousa

Saborear um espresso vem se tornando um hábito cada vez mais difundido em todo o mundo. Muitas pessoas não dispensam um intenso curto para equilibrar os sabores de uma bela refeição ou, mesmo, para simplesmente relaxar.

Durante o SCAA Show  em Atlanta, um dosgadgets que mais chamou a atenção do pessoal foi este, denominado de Twist, produzido por uma pequena novíssima empresa de San Jose, California, USA, a Espressi Inc. Seu fundador é Stephen O’ Brien, também criador desta peça.

Assim como a Handpresso, criada por um francês “louco” por café, (veja mais acessandohttp://coffeetraveler.net/2008/02/08/espresso-a-mao-handpresso/ e, também,http://coffeetraveler.net/2008/05/15/handpresso-espresso-everywhere-live/), este novo “brinquedinho” tem como missão dar a oportunidade de fazer um espresso em qualquer lugar.

O Twist tem um design futurista, lembrando o perfil da nave do cultuadíssimo filme de Stanley Kubrick2001 – A Space Odissey!

Construido em alumínio polido e policarbonato para aplicação em medicina, tem na sua parte frontal o reservatório de água quente e o porta filtro com saída simples ou dupla. As semiesferas se fecham num movimento semelhante ao de um portafiltro de uma máquina de espresso tradicional, ou seja, através de uma torção, daí o seu nome (twist = torcer).

A manopla tem um pequeno compartimento onde é instalada uma cápsula de óxido nitroso, do mesmo tipo empregado nas cremeiras ISI, sendo a responsável em criar a pressão de 9 bars como nas máquinas normais!

Esta é a sacada genial deste aparelho.

Cada cápsula permite extrair 4 espressos únicos ou 8 duplos.

Segundo Ashley Ennis, responsável pelo estande no SCAA Show, o conceito do Twist surgiu durante a viagem de lua-de-mel que Stephen fez à paradisíaca ilha de Bora Bora. Apesar de todo o encanto natural, da paisagem incrível proporcionada pelas praias, do seu momento especial na sua vida, bateu uma vontade imensa de beber um espresso… mas onde pedir isso no meio da vegetação tropical?

De volta a San Jose, começou a trabalhar neste projeto, que chamou de Mypressi. Ainda não tem o preço final, que somente é fornecido por consulta específica através do linkwww.mypressi.com .

Veja a seguir o vídeo com a extração destas duas xícaras. OK, não é o ideal, porém se aproxima bastante do desejável. Afinal, é para ter um espresso no meio de uma ilha perdida no oceano…

Café do elefante

Thiago Sousa

A chamada do post, na verdade, é uma brincadeirinha…

Mas, afinal, com tantos bichos dando sua contribuição para o processamento de grãos de café hoje em dia, um que fosse “organicamente elaborado” por elefantes seria de grande impacto, não?

Na verdade, tudo isso é para fazer um pequeno comentário sobre as técnicas de Lattè Art que fazem a festa aos olhos dos “loucos” por café.

Duas são as principais técnicas: a clássica, onde o leite vaporizado ao ser despejado sobre o espresso forma diferentes figuras a partir do imaginário e  habilidade motora do barista; e a dostick, que é o emprego de algo com ponta fina para fazer desenhos usando o espresso como “tinta” e a alva camada superficial do leite vaporizado como “tela”.

Nesta técnica, certamente um dos mais habilidosos e criativos baristas brasileiros é o Carlos Eduardo Diniz, muito conhecido como KK Diniz.

Seu domínio no uso do stick é perfeito e, além de tudo, KK possui talento nato para o desenho. Na foto acima, a divertida figura de um elefante, a quem devemos a chamada deste post

Para que esta técnica seja bem executada, é imprescindível que tanto o blend quanto o leite sejam de muito boa qualidade, além das máquinas, naturalmente.

O grão de café deve ter uma torra adequada e devidamente fresca, pois caso oxidada a coloração da crema fica prejudicada. Um blend de qualidade, numa extração bem feita, apresenta sempre um mosaico de tons de marron e caramelo (o famoso “tigramento) e, eventualmente, reflexos avermelhados (no caso de algumas origens em particular).

O leite deve ser “fresco e gordo” (sem ofensas…), ou seja, novo e com o máximo de gordura possível. É a gordura (no mínimo 3,2% em peso) que, ao receber a água pressurizada de uma boa caldeira de uma máquina de espresso forma o branco colchão aerado. Suas partículas sofrem quebras, resultando numa estrutura coloidal com grande quantidade de ar incorporada (processo que, tecnicamente, recebe o nome de over run) e adocicada (pois moléculas longas de açúcares formam outras menores e de maior poder dulçor).

Existem pequenos segredos que tornam o resultado melhor e que são as pequenas conquistas diárias ao longo de uma carreira.

No Lattè Art clássico existe uma preocupação estética importante: o desenho tem de ter simetria tendendo à perfeição.
Portanto, esta é uma dica para você verificar a habilidade de um barista quando lhe servir uma bela xícara de café com um desenho artisticamente executado.

No vídeo a seguir, você confere um pouco das grande habilidades do KK Diniz, que, também, passa algumas dicas interessantes aos baristas. Há, ainda, uma pequena participação do Anderson Santos, barista e um dos responsáveis pela torra de café do Café Santo Grão, São Paulo, SP.

De Alginatos & Café

Thiago Sousa

Dentre os aditivos para a indústria de alimentos, os espessantes e gelificantes sempre ocuparam um espaço muito especial.

Os espessantes são empregados para tornar um alimento mais “espesso” ou mais consistente através de um brutal aumento da viscosidade. Um bom exemplo é o que você tem nos molhos para salada (Salad Dressings) e catchups, bem como nos iogurtes para beber.

Os gelificantes, como o nome já denuncia, criam os “géis”, que são estruturas mais estáveis, isto é, não fluidas. Lembre-se da gelatina como um bom exemplo, cuja textura é firme sem ser dura.

Várias são as fontes dessas substâncias que vão de raízes a nozes, das algas a até o famoso tutano de boi.

Nesta foto, a Ana Luisa, minha filha, está segurando uma Alga Vermelha, de onde se extrai a Carragena, um espessante/gelificante de amplo uso. O Chile é o maior produtor deste tipo de alga, bem como da Alga Marron, de onde se extrai oÁcido Algínico.

Industrialmente, o ácido algínico pode ser neutralizado com diversos tipos de álcalis, como os de Sódio, Cálcio ou Propileno Glicol. Seu uso é muito amplo, tendo aplicações nas mais diversas indústrias desde a cosmética, passando pela de mineração, até a alimentícia. Ah, não podemos esquecer de que é muito utilizado na odontologia, principalmente para se fazer moldes para estudos de casos ou confecção de aparelhos e outros itens como pontes fixas e móveis.

Como gelificante, o alginato é empregado para se fazer, por exemplo, “cerejas artificiais” e as “pimentas artificiais”, esta como recheio de azeitonas.

Mas, o seu uso culinário ganhou status gastronômico quando Chefs de vanguarda, entre eles o espanhol Ferran Adriá,  fez seu emprego de forma diferenciada, a partir de profundo conhecimento de seu mecanismo de ação gelificante. Daí surgiram, por exemplo, os famosos caviares, cujo processo ele denominou de esferificação. A esferificiação nada mais é do que se fazer o que cientificamente denominamos de gelificação reversa, isto é, quando o objetivo é o de que o gel criado não faça parte da estrutura interna do alimento.

Dentre os baristas brasileiros, particularmente considero o carioca Léo Moço como um dos mais talentosos e técnicos,  estando em plena ascenção na sua prodigiosa carreira.

Quando comento sobre baristas, procuro destacar aqueles que mantém uma busca constante de conhecimento, aperfeiçoamento técnico e inspiração, pois a formação profissional nunca termina, sempre se refina. Afinal, ser um bom barista vai muito além de apenas servir um belo café.

Léo vem fazendo experimentos com alginatos para criar oCaviar de Café, como apresentou recentemente em Araguari, MG, durante o Encontro de Cafeicultura Irrigada.

Obviamente, toda técnica possui muita ciência por detrás e Léo tem a preocupação de descobrir os porquês de como cada coisa funciona.

Isso é muito legal!

Veja neste vídeo sua performance:

Stephen Morrissey em São Paulo

Thiago Sousa

Cada ano que passa, ganham importância as competições de baristas, pois são eventos que promovem o aprimoramento desses profissionais.

Neste último final de semana, desembarcou em São Paulo o Campeão Mundial Barista de 2008, o divertido irlandês Stephen Morrissey.

Simpaticíssimo, alto astral e extremamente habilidoso, Stephen veio ao Brasil para ministrar workshops para baristas e juízes de competições de baristas a convite da ACBB – Associação Brasileira de Café e Barista.

Nesta foto estamos Stephen e eu, seu Coffee Traveler.

Nas instalações do Octavio Café, sob a batuta daCompanheira de Viagem Silvia Magalhães, nossa barista campeoníssima do Brasil, Stephen fez algumas performances para que tanto baristas como juízes de baristas pudessem conhecer mais sobre os aspectos a serem julgados em uma competição.

Ele disse que foi uma decisão difícil que tomou, pois hoje como juiz de baristas é obrigado a deixar as competições por 2 anos. Porém, o fato de ter chegado a campeão mundial, diz Morrissey, seu julgamento de espressos, lattès e baristas, hoje, é muito facilitado, pois sabe exatamente onde os pecados podem acontecer…

No vídeo abaixo você pode ver Stephen Morrissey extraindo espressos:

Relationship coffees by ritual

Thiago Sousa

Um dos conceitos que melhor representa o segmento dos Cafés Especiais é o chamado Relationship Coffee ou Café de Relacionamento.

Afinal, “dar um rosto” a uma bebida é dar transparência sobre o trabalho que uma torrefação faz, é mostrar que existe alguém de verdade por trás dos grãos que irão emocionar em cada gole degustado…

O fundamento deste conceito é estabelecer uma conexão entre produtores e os torrefadores de especiais, que, por sua vez, farão a conexão final com os consumidores.

Hoje, por exemplo, dia 06 de fevereiro, está sendo apresentado pelo Ritual Coffee Roasters(www.ritualroasters.com), uma micro-rede premium de cafeterias da região de San Francisco, os cafés produzidos pelo já famoso Mr. Zinho, que produz o Café Zinho, nos espinhaços de Campos Altos, MG. Na realidade, o sempre divertido Sr. Sidnei Souza é pai do meu super Companheiro de Viagem Bruno Souza, que  hoje está baseado em Portland, OR, USA.

Ritual Coffee Roasters iniciou suas operações em maio de 2005 e desde 2007 vem despontando como um celeiro de grandes profissionais, com destaque especial para seus baristas.

Ryan, nesta foto com feição iluminada após a visita à Fazenda São João, do pequeno produtorReginaldo Silvoni, em Coromandel, MG, é um dos responsáveis pela criteriosa seleção de cafés que compõe o menu do Ritual. Por exemplo, este lote de café foi particularmente muuuito elogiado por Kenneth Davis em sua avaliação registrada em maio de 2008, que pode ser conferida através do www.coffeereview.com.

Conviver com o produtor é parte de um importante roteiro de trabalho para melhor conhecer o café que será servido e degustado por ávidos “loucos” pelo nosso “pretinho básico”. Pois sim, o café é muito mais do que uma simples bebida,  podendo incorporar cultura, estórias e muita emoção em cada xícara. É essa a essência do relacionamento…

Para finalizar, veja um vídeo sobre espresso com Chris Bacca, um dos grandes baristas do Ritual:

How to drink coffee in space

Thiago Sousa

As viagens espaciais se tornaram grandes laboratórios para o desenvolvimento das mais diversas pesquisas, principalmente aquelas que podem ter maior influência com a gravidade zero.

Porém, esta gravidade zero também provoca muitos probleminhas cotidianos, como a diminuição da musculatura das pessoas que passam longo tempo nas estações espaciais, além de uma atenção especial com a atmosfera controlada. Mesmo prosaicas atividades tornam-se mais difíceis, obrigando a, digamos assim, novos desenvolvimentos tecnológicos.

E como será que os astronautas fariam para beber da forma mais convencional um café?

Lembrem-se que toda a alimentação sólida, líquida ou pastosa é feita através de tubos e sempre o uso de um canudinho é indispensável. Refeições à mesa somente em filmes de ficção como Alien & Cia

Neste vídeo capturado por uma equipe da NASA, mostra-se como resolveu-se como beber um café sem a parafernália usual no espaço. É indicação do Companheiro de Viagem Joseph Rivera, que fez alguns comentários técnicos em seu http://www.coffeechemistry.com/ .

Você verá o incrível efeito da gravidade zero (sim, o recipiente flutua!) e a manobra que o astronauta teve de fazer para conseguir beber e se deliciar o café…

Agora, só falta saber qual blend foi levado ao espaço…

My caffeine based sunblock

Thiago Sousa

Num artigo publicado recentemente no Journal of Cancer Research, pesquisadores da University of Washington, USA, verificaram algumas propriedades interessantes da cafeína como um possível bloqueador de raios ultra-violetas.

Foram realizados testes de produtos como bloqueadores solares com alto teor de cafeína em ratos com a pele descoberta e observou-se que não houve progressão de algumas lesões provocadas pelos raios ultra-violetas na pele das cobaias.

Será mais um capítulo de sucesso sobre as novas possibilidades dos componentes do café na saúde?

Veja no vídeo abaixo, indicado pelo Companheiro de Viagem Joseph Rivera, a reportagem sobre o assunto:

The amazing Nespresso table…

Thiago Sousa

O futuro já chegou, sim!

Você já assistiu ao filme Minorty Report, de Steven Spilberg, e que tem Tom Cruise como seu principal ator?

Pois bem, lá o grande toque de inovação era a fantástica grande tela multi-toques totalmente interativa.

Na IFA 2008, feira de tecnologia na Alemanha, um stand vem causando grande burburinho ao mesclar tecnologia high-end com um conceito high-end de café. Com base na mesa Microsoft Multitouch, a empresa Atracsys, de Maurice Hälg, desenvolveu um software para a sofisticada divisão Nespresso da suiça Nestlé, que oferece cafés de alta qualidade em conceito inovador.

Ao colocar uma xícara de espresso (ou será simplesmente Nespresso?) sobre a mesa-tela, informações sobre o café podem ser acessadas, por ora apenas em inglês e alemão, conforme mostra o vídeo abaixo, produzido pelo Caio Terreran, da UOL Tecnologia.

Íncrivel e simplesmente apaixonante apresentação de uma dose do Ristretto Nespresso, que você pode verificar através deste link:

http://tecnologia.uol.com.br/ultnot/2008/09/01/ult4213u549.jhtm

Coffee & cigarettes – The movie

Thiago Sousa

Coffee & Cigarettes é um excelente filme de Jim Jarmusch e talvez o mais emblemático envolvendo o café.

São diversas esquetes com um elenco p’ra lá de talentoso e eclético, criando, inclusive, encontros absolutamente inusitados.

Filmado em Preto&Branco, o filme nos leva a ficar como observadores de diálogos quase que improváveis ambientados em diversas cafeterias, tendo a dupla “Café e Cigarros” como mote.

Cate Blanchet, Roberto Benini, Alfred Molina e Bill Murray, além da engraçadíssima dupla Tom Waits e Iggy Pop, que compõe o meu quadro preferido, fazem parte do incrível elenco.

O DVD deste filme foi lançado no Brasil pela EUROPA e aqui vai uma dica preciosa: como “Easter Egg”, aliás, aqui um belo presente, uma versão para iPod!

Não tive dúvidas: já está transferido para o meu. E recomendo aos “loucos” por café e filmes que façam o mesmo…

Black coffee: double shot

Thiago Sousa

Agora, uma pequena sessão musical…

São duas versões da belíssima Black Coffee: vejam e façam a escolha do seu ”shot” preferido!

No primeiro vídeo uma garota, num vídeo dirigido por Jamila Glass (Cutting Room Post), dubla a belíssima interpretação de Vanessa Rubin. Inspiradíssima…

Se fosse um café, certamente se aproximaria mais de um baiano da Chapada Diamantina, que possui notas de aroma que lembram aniz, dando um toque exótico e ao mesmo tempo sofisticado.

A outra versão é do DJ inglês Tricky, parte do álbum Nearly God. Com uma marcação instigante feito por um piano, a canção é interpretada lancinantemente por Martina Topley Bird.  Moderno, porém lúbugre.

Se fosse um café, diria que estaria próximo de um Mocha, produzido no Yemen, com características vinhosas, de intenso e pesado sabor advindo de seu preparo Natural. Para iniciados…

Incredible espresso machines – 2

Thiago Sousa

Uma série simplesmente especial!

NuovaSimonelli_2_Victoria_Arduino.jpg

Uma das mais  belas máquinas de espresso é a Victoria Arduino, produzida pela Nuova Simonelli, tradicional indústria italiana.

Seu design impressiona pelas linhas curvas e a adoção de iluminação em delicado tom azulado, conferindo muita elegância.

Esta linha, que é considerada premium pela sua indústria, possui um exclusivo website, onde você pode encontrar informações sobre sua origem, concebida em 1905 por Pier Teresio Arduino, além de outras curiosidades:http://www.nuovasimonelli.it/victoriaarduino/INGLESE/default.html

Observe, agora, em detalhe, um dos grupos errogadores:

Veja que os botões de acionamento estão todos dispostos na parte frontal do grupo com backlight em delicado tom azulado.

O fato dos grupos se constituirem em volumes destacados do corpo da máquina, cria grande impacto visual!

O acabamento em alto brilho completa sua sofisticada e imponente presença.






Em seguida, veja um pequeno vídeo mostrando uma extração de espresso:

Incredible espresso machines – 1

Thiago Sousa

Café é Software, enquanto Máquinas de Espresso são Hardware.

O conjunto funciona bem quando estão afinados e tem bons operadores, no caso, Baristi (= plural de Barista, em italiano, língua original desta palavra).

Uma das máquinas que causou sensação na Feira da SCAA em Minneapolis foi um modelo especialmente desenvolvido pela italiana La Marzocco para o importante grupo Intelligentsia Tea & Coffee.

Observe o design arrojado, numa interessante combinação de elementos retrô com pós-moderno.

Cores de alto impacto, acabamento brilhante, uma mescla de metal e plásticos de engenharia, e um “cockpit” com toques geniais.

A beleza do equipamento torna o espresso ainda mais saboroso, estimulando nossas sensações visuais e que cria uma expectativa muito positiva para o serviço.

A máquina é poderosa, com 3 caldeiras para garantir um perfeito serviço mesmo em condições de altíssimo fluxo, como foi o caso da Feira. Uma caldeira para cada grupo, que são dois, e a terceira para o bico vaporizador.

E é justamente aqui que está a maior “sacada”: observe que há uma mangueira preta saindo da parte frontal esquerda e que termina num pedal!

Isso mesmo, o acionamento do vapor é feito através de um controle por pressão no pé. Neste caso, o vapor saí com sua intensidade máxima, diferente quando o acionamento é tradicionamente feito através de um registro proporcional (como se fosse uma torneira, que você tem de dar mais voltas para que saia mais vapor).

Veja o serviço de espresso que esta incrível máquina faz:

Handpresso: Espresso Everywhere "Live"

Thiago Sousa

Beber um espresso em qualquer lugar?

Creio que este é um dos grandes desejos dos “loucos” por café…

Há algum tempo fiz um post sobre o Handpresso, uma maluca invenção francesa que adaptou uma bombinha de encher pneus de bicicleta para preparar um espresso empregando sachês.

Na Feira da SCAA em Minneapolis, havia um representante que apresentou os diversos kits disponíveis para o mercado norte-americano.

Handpresso sozinho, que vem numa caixa especialmente elaborada, sai por volta de USD 215 no varejo.

Mas existe um kit muito sofisticado, que está nesta foto.

Numa bela maleta em couro, estão incluídos diversos apetrechos para criar uma atmosfera mais sofisticada mesmo na mais fechada mata em que você estiver…

Veja a seguir o vídeo com a demonstração “Ao Vivo” de uma extração por Handpresso. Foi utilizado um sachê normal, de forma que praticamente qualquer marca poderá ser utilizada nesse “brinquedo”.

O espresso que provamos não estava bom, pois faltou crema. Provavelmente a água estava com temperatura bem abaixo do ideal, para mim.

Nova máquina para preparar Coffee!

Thiago Sousa

A indústria do café vem caminhando a passos largos, seja em tecnologia, seja na qualidade dos blendsoferecidos, justamente para acompanhar a evolução da demanda, que vem se caracterizando pelo maior nível de exigência dos consumidores quanto à praticidade no preparo e, naturalmente, pela qualidade da bebida.

Só para lembrar: beber café é sempre uma experiência e, portanto, deve ser uma experiência legal!

Companheiro de Viagem Mike Tompkins me comentou que foi lançada recentemente nos Estados Unidos uma nova máquina para preparar café, de nome “ESIO” (lembra nome brasileiro, não?), mas que serve de trocadilho com a palavra “EASY”, que significa fácil.

A máquina tem um design no mínimo inusitado, lembrando um desses suportes refrigerados para água em garrafões tão comuns hoje nas casas e escritórios no Brasil.

Porém, a nota realmente inusitada é a presença testemunhal de um grande amigo, o Mané Alves, que é um português radicado nos Estados Unidos e que é o chairman do TSC – SCAA (Technical Standards Committee – Specialty Coffee Association of America), que é o Comitê de Normas Técnicas da Associação Americana de Cafés Especiais, do qual faço parte.

Nesta foto, da direita para a esquerda, tirada durante o exame para Juízes Certificados SCAA pela ABIC, está o Mané, um dos poucos titulares da SCAA na função de examinador, Almir Filho, Diretor da ABIC e do Café Toko, e eu, seu Coffee Traveler.

O vídeo é divertido, bem ao estilo “trash” dos comerciais de produtos norte-americanos, cheio de frases de efeito, com uma pessoa tendo “dificuldades” para preparar um café com as máquinas normais, e outra demonstrando alegria por ter um…ESIO!

Confira:

http://www.esiobev.com/index.htm

Akihabara´s Maid Cafes

Thiago Sousa

Akihabara é um conhecidíssimo bairro de Tokyo, capital japonesa, como um verdadeiro centro de compras de materiais e equipamentos eletrônicos. O seu equivalente brasileiro, mantendo-se, obviamente, as devidas proporções, seria a famosa região da Rua Santa Efigênia, no centro de São Paulo, SP.

Só que, como tudo que existe no Japão, em Akihabara tudo é superlativo, tanto em quantidade como em qualidade de produtos.

No entanto, recentemente um fenômeno vem gradativamente mudando a paisagem desse bairro: são os chamados “Maid Cafes”.

Estes Cafes, que além do coffee servem outras bebidas e refeições leves, têm como atendentes garotas vestidas de copeiras ao estilo vitoriano, com suas roupas com muitos babados e um visual virtualmente fetichista.

Aliás, a temática dessas casas está totalmente baseada nos mangás (quadrinhos tipicamente japoneses) e animes (animação para adultos), o que acaba dando um tom mais adulto e, principalmente, focado em clientes masculinos.

Neste vídeo de autoria do “Japan in Motion”, caso você domine o idioma japonês, é possível ouvir a maid sempre se dirigir ao cliente como “meu amo”: