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São Paulo

The Coffee Traveler by Ensei Neto

CIÊNCIA

Mais sobre menos cafeína

Thiago Sousa

Os últimos dias foram pródigos em notícias sobre a cafeína, o “grande motor” do nosso Santo Café.

A Fazenda Daterra, de Patrocínio, Cerrado Mineiro, do Grupo D. Paschoal, fez o lançamento no Brasil do café Opus 1 Exotic, que possui teor de cafeína da ordem de 1%.

Esse café, que segundo Carlos Borges, Degustador da Fazenda e Juíz Certificado SCAA, apresenta notas florais delicadas, foi obtido por diversos cruzamentos genéticos, sendo, portanto, uma planta de origem natural.

Você pode saber mais sobre esse lançamento e adquiri-lo através do www.daterracoffee.com.br .

Do outro lado do mundo, a empresa japonesaUCC – Ueshima Coffee Co., que possui base em Kobe, divulgou o lançamento do café que recebeu o nome de GCA, que possui teor de cafeína da ordem de 0,3%.

Incrível, não?

Isso correspondente a cerca de 25% do teor médio de cafeína da espécie arabica, que normalmente varia entre 1,05% a 1,20%, dependendo da combinação de variedade e condições geográficas.

No entanto, comercialmente esses grãos estarão disponíveis somente em 2010, quando será destinado principalmente para gestantes e idosos.

Na verdade, a busca por cafés com baixo teor de cafeína vem ocorrendo a muito tempo, sendo que industrialmente foram desenvolvidos métodos de extração química desse poderoso estimulante.

Existem, basicamente, dois processos industriais mais empregados: um que emprega solventes orgânicos, como por exemplo o n-hexano, isto é, produtos derivados do petróleo, e outro que utiliza a água.

Lembre-se que já comentei que ao preparar um café, você também está fazendo a extração da cafeína!

Nesse caso, a extração é diretamente proporcional ao tempo de contato da água com o pó, onde as moléculas de cafeína estão alojadas. Quanto mais tempo de contato água-café, mais cafeína é extraída. Mais cafeína extraída, mais amargor do tipo “jiló” terá a bebida.

E no início da semana saiu uma notícia inusitada: uma garota teve overdose de cafeína!

Jasmine Willins, de 17 anos e que atendia no The Sandwich Bar, em Stanley, Inglaterra, consumiu 7 doble shots (doses duplas) de espresso.

Depois disso, começou a tremer, palpitações do coração e reações de descontrole emocional.

Nosso corpo precisa em torno de 4 horas para metabolizar a cafeína. Por isso, quando tomamos muito café, ficamos um certo tempo sem vontade de fazê-lo novamente, pois estudos indicam que há uma correlação entre a cafeína ainda não metabolizada e a vontade de consumir mais café.

Naturalmente, cada pessoa tem uma reação diferente e moderação nunca é demais…