Bruno: Nero i Forte!
Thiago Sousa
Um dos produtos mais característicos do mercado japonês de café é a latinha de 190 gramas vendida nas incontáveis máquinas automáticas em praticamente cada esquina daquele país.
Para se ter uma idéia desse mercado, há uma estimativa de que são consumidos algo como 350 milhões unidades das diferentes marcas a cada mês!
Sua distribuição envolve um esquema logístico muito bem estruturado, feito por pequenos caminhões e furgões todos os dias.
Todas as grandes indústrias de bebida possuem linhas de café “ready-to-drink” (pronto para beber) que podem ser resfriadas ou aquecidas. Para que isso possa ser oferecido, as máquinas possuem compartimentos refrigerados e alguns aquecidos, além do fato de que as latinhas são elaboradas em aço inox para a indústria de alimentos.
O aço, além de sua facilidade para reciclagem, permite que sejam feitos excepcionais trabalhos gráficos, além de, internamente, não transmitir qualquer sabor ou aroma estranho ao café.
Existem diversos blends disponíveis de cada indústria, empregando as principais origens de café do mundo. Em geral, a maior parte desses blends é elaborada apenas com grãos da espécie arábica.
Em Okinawa encontrei este produto, o Bruno, que não havia encontrando em outras localidades mais ao norte, como Kyoto, Osaka e Tokyo.
Por curiosidade adquiri (aliás, procuro experimentar todos os produtos para ter uma idéia de como cada “bebe”…) um exemplar do Bruno, que me pareceu especialmente desenvolvido para um local mais, eu diria, tropical, onde as pessoas apreciam sabores mais intensos.
Sim, foi exatamente o que bebi!
Para minha surpresa, esta foi a primeira “latinha” que experimentei cujo blend contém robusta em sua composição, além de um ponto de torra mais escuro.