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São Paulo

The Coffee Traveler by Ensei Neto

MERCADO

Copo de papel versus xícara de porcelana

Thiago Sousa

Um dos ícones do serviço da gigantesca rede norte-americana Starbucks é o emprego dos copos brancos de papel, seja para o espresso ou os lattès e cappuccinos com o inevitável “sleeve”, que é a “jaquetinha” de papel que evita que os dedos se aqueçam demais quando a bebida está quente. 

As capacidades são assustadoramente grandes para os padrões brasileiros, sendo que o “tall”, que corresponde à pequeno, por exemplo, pode levar 350 ml de bebida. Lembre-se que as porções das redes de lanches em geral são exageradamente generosas, parte da cultura daquele país.

Pode parecer um despropósito para o consumidor brasileiro, pois pagar mais caro (em torno de 15% a 20% mais que a concorrência, no geral) pela bebida e a receber em copo cartonado!

Acontece que o americano médio tem costume de fazer o pedido “to go”, ou seja, ele não consome na loja. Aproximadamente 40% das vendas são nessa modalidade, o que justifica o uso de tal material, idêntico ao empregado por redes de lanches como “McDonalds”.

Assim, três são os diferenciais que a Starbucks introduziu: primeiro, o ambiente com poltronas confortáveis e agradável música ambiente; segundo, a excelente comunicação dos trabalhos sociais que desenvolve principalmente na América Central; e, terceiro, a imensa série de “gadgets” e itens de “apoio ao consumo” com sua griffe como canecas, kit Barista e CDs.

Diga-se de passagem, que eles possuem algumas séries especiais de CDs que são verdadeiras preciosidades, incluindo álbuns delirantes do Jimi Hendrix a introspectivos do Tin Hat Trio, sempre em excelente acabamento gráfico.

Mas, e onde são servidos os espressos e lattès em xícaras de porcelana?

Nas micro-redes e em lojas únicas, como é o caso do Victrola Coffee, em Seattle, como pode ser visto o jogo de xícaras sobre a máquina de espresso.

O atendimento é diferente e o barista, neste caso, tem de ser um verdadeiro barista! Todos estudam e se aprofundam nos assuntos de café e fazem questão de conversar com os clientes no momento da extração.

Ou como a micro-rede premium Stumptwon, de Portland, que, além dos excelentes baristas, oferece uma rica variedade de origens de café, num constante experimentalismo sensorial aos consumidores.

Portanto, em pedidos “to here” (consumir no local), as pequenas redes acabam proprocionando experiências muito interessantes…

Mas, para o Brasil, a Starbucks representa um novo momento para o consumo de café.

E isso é muito estimulante !