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São Paulo

The Coffee Traveler by Ensei Neto

MERCADO

Lattè Art Contrastes

Thiago Sousa

O Lattè Art é, sem dúvida, um dos mais estimulantes modos de incentivar o consumo de café, pois literalmente seduz o consumidor pelos olhos. Com um excelente blend, uma extração caprichada e um leite perfeitamente vaporizado, a combinação fica irresistível.

A técnica clássica, quando o leite vaporizado é sobreposto ao espresso,  utiliza o creme formado pelos óleos do café como fundo para às alvas figuras desenhadas. Neste caso, é fundamental que o creme seja consistente, com boa estrutura, para acomodar as partículas de gordura do leite, que têm tamanho um pouco maior.

Por isso, é que a destreza do barista ao movimentar a leiteira é decisiva para a criação de belos efeitos visuais.

Nesta foto, a clássica Rosetta, criada e executada por David Schomer, de Seattle, WA, USA, e que é considerada o ícone do Lattè Art.

Uma outra técnica é a que emprega o palito.

Aqui, o fundo é o leite vaporizado, já despejado sobre o espresso. Ou seja, é como se o trabalho fosse em “negativo” em relação à técnica clássica.

Da mesma forma, blends que proporcionem consistente cremes são fundamentais, pois eles servirão de “tinta” para os desenhos.

Também, o leite vaporizado obrigatoriamente tem de apresentar uma boa textura, com os glóbulos de gordura muito bem distribuidos, pois funcionarão como tela.

Na foto ao lado, o “urso” foi executado pelo Yuji Kadowaki, que foi Bi-Campeão do JBC – Japan Barista Championship e Vice-Campeão no WBC – World Barista Championship, em 2005.

E neste pequeno vídeo, veja as duas técnicas em execução em cenas exclusivas com Yuji Kadowaki, em dois momentos, e David Schomer elaborando sua famosa Rosetta nas antigas instalações doEspresso Vivace, em Seattle, WA, meses antes de sua demolição: