Os Melhores cafés do Brasil: 5a. Edição ABIC
Thiago Sousa
A indústria de café do Brasil tem procurado acompanhar as impressionantes transformações do mercado de café, principalmente com o surgimento do segmento dos Cafés Especiais.
Há um grande esforço que a ABIC – Associação Brasileira da Indústria do Café, que congrega mais de 400 empresas entre as quais as líderes do mercado, vem desenvolvendo para que a a indústria se atualize e conheça as tendências impostas pelos consumidores.
Há 20 anos atrás a ABIC lançou o Selo de Pureza de Café, que foi uma revolução.
Infelizmente, em países produtores, devido à facilidade com que a indústria tem acesso à matéria-prima, pois não necessidade de complexas operações de importação, desvios de conduta acabam aparecendo. Paus, pedras, cascas e outros grãos como o milho (que no jargão de mercado “milhora” o café…), juntamente com a palha de café, são as fraudes mais comuns, principalmente no segmento de preços mais baixos.
Não existe milagre.
A qualidade tem correlação direta com o preço, ou seja, cafés de alta qualidade são mais valorizados que os de baixa. Porém, deve ficar claro que aqui entra um componente muito importante: o prazer em beber também é diretamente proporcional!
Com a entrada em vigor de uma Norma Técnica para o Café, através do Governo Federal, cria-se a oportunidade de haver uma legislação específica, quando essas fraudes poderão ser combatidas com mais rigor.
Num movimento gradual, o grande programa em andamento agora é o PQC – Programa de Qualidade de Café, que auxilia o consumidor ao identificar a que categoria um determinado pertence.
Para isso, foi adotada metodologia de avaliação sensorial numérica, onde a qualidade é expressa por notas, no caso variando de zero a dez. Há uma similaridade e sinergia com a Metodologia SCAA muito grande.
São 3 as categorias de qualidade: Tradicional, Superior e Gourmet.
Veja que no caso do Tradicional há um piso que é a nota 4,5. Ou seja, é o mínimo de qualidade, digamos, aceitável ou permitida. Como se sabe, para a SCAA, a nota mínima de um Café Especial é80 pontos SCAA, que corresponderia, proporcionalmente, a uma nota 8,0 do PQC, por exemplo.
Em 2005 a ABIC lançou este novo programa, que é a Edição Anual dos Melhores Cafés do Brasil arrematados por diversas indústrias de torrefação durante o ENCAFÉ, que é o encontro anual promovido pela ABIC.
Para esta safra, 22 marcas terão sua edição especial com um dos finalistas desse concurso que é, de fato, nacional e abrangente, pois os cafés competem em uma fase regional e, em seguida, na estadual. Os lotes vencedores de cada Estado seguem para a grande final nacional que se realiza durante o ENCAFÉ.
Outro destaque são as embalagens, especialmente desenvolvidas. Muitas tem design primoroso, que acabam se tornando peça de colecionador!
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