Macchiato a la Blue Gardenia
Daniel Kondo
Blue Gardenia.
Belo nome para uma cafeteria, não?
No setor noroeste da cidade de Portland, OR, USA, que passa hoje por um impressionante processo de revitalização, diversas casas estão sendo abertas, com destaque para a profusão de novas coffee shops.
A Blue Gardenia além de micro-roasterie (micro-torrefação), torrando artesanalmente preciosos lotes de café numa Diedrich de 30 kg, é também uma bakery, oferecendo diversos tipos de pães e tortas, folhados e muffins, entre outros.
Diversos cafés estão relacionados numa lista, renovada frequentemente.
São os chamados Single Origin, que significa que tratam-se de cafés produzidos numa propriedade identificada.
Certamente, este é o diferencial mais forte do mercado de Cafés Especiais, onde há uma preocupação em apresentar ao consumidor a maior quantidade de informações sobre o café, as condições de produção e o produtor, juntamente com as características da bebida.
Geralmente, nas seleções encontram-se cafés da África, América Central, Sudeste Asiático e, ultimamente, excelentes cafés brasileiros.
Mas, o que me impressionou no Blue Gardenia foi o perfeito macchiato servido.
O macchiato é elaborado com leite vaporizado, mas diferentemente do lattè ou cappuccino a quantidade adicionada ao espresso é pequena, o suficiente para “manchar” o creme.
Uma das explicações correntes sobre a origem do nome macchiato é justamente a mancha que a alva cor do leite vaporizado provoca no amendoado creme do espresso.
Veja ao lado a impressionante consistência do leite vaporizado pelo barista do Blue Gardenia, cuja porção lembra um pico dos Alpes ou o majestoso Mont Hood, imponente montanha de mais de 4.000 m de altitude próximo a Portland. A xícara em delicado tom azul pastel permite uma elegante composição.