Sustainable Coffees: Cafés do Espírito Santo – 2
Thiago Sousa
Tornar viável os negócios para os pequenos produtores é o grande desafio, pois para isso é necessário mudar muitos paradigmas.
Como coloquei anteriormente, grandes grupos afirmarem que praticam a sustentabilidade pode soar fácil ou mesmo oportunista, pois é um discurso que cativa e é parte das exigências dos novos consumidores. No entanto, fazer com que os pequenos e familiares efetivamente possam participar desse processo, onde o principal fundamento é a viabilização dos negócios e sua manutenção, o que gera a verdadeira Sustentabilidade, pode ser resolvido através de esforços conjuntos das iniciativas privadas, públicas e o compromisso dos próprios produtores.
O nome que tem sido empregado para este tipo de negócio é o FAIR TRADE, que numa tradução livre seria algo como “Comércio Justo”. Sua imagem tem sido associada a produtores miseráveis, funcionando muito mais como esmola do que um estímulo a uma produção sustentável.
Creio que uma nova máxima para esse mercado é o de “Rimar Sustentabilidade com Prosperidade”. Até porque se você dá esmola durante muito tempo para uma pessoa e esta não evolui, algo está errado no modelo. Não foi criado nada que tenha sustentabilidade, mas, sim, acomodação e clientelismo.
O modelo que tem se mostrado cristalino dentro dessa nova visão, em que a Sustentabilidade anda junto com a Prosperidade é o desenvolvido em Venda Nova do Imigrante, ES, cujo desenho pode ser compreendido através das palavras do coordenador da PRONOVA, cooperativa daquela região e responsável pelo suporte e organização dos produtores, Evair Viera de Melo.
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