Black Coffee e suas variações
Thiago Sousa
Uma das mais belas canções que fazem menção ao café é a “Black Coffee”, de autoria de Sonny Burke e Paul Francis Webster.
Existem diversas interpretações, provavelmente mais de 20 diferentes versões, incluindo de singers do naipe de Ella Fitzgerald e Sarah Vaughan.
Estas são minhas recomendações:
- com Ella Fitzgerald, no álbum “Things ain´t what they used to be”. É uma versão clássica e “classuda”. Há um acompanhamento, em quase contra-vóz, deum vibrafone que é celestial…
- no álbum Nearly God, do rapper inglês Tricky, codinome de Adrian Thaws, há uma versão instigantemente moderna, onde o piano faz um interessante contraponto com o ritmo eletrônico imitando estalos de dedos, tornando a interpretação da vocalista Martina Topley-Bird, cuja vóz está gravada com leve reverberação, muito dramática.
- com K.D. Lang, no álbum gravado ao vivo “Live by Request”. Numa interpretação mais “clean” e moderna de blues, esta cantora canadense é acompanhada por uma incrível guitarra com afinação “a la Les Paul”. Fantástico!
- com Marcus Printup, no álbum “Nocturnal Traces”. O trumpete é o instrumento dominante, com solos incisivos de grande densidade e introspecção. Para se ouvir ao final da noite, com um espresso muito achocolatoso e delicada acidez…
- com Big Allanbick, no álbum que leva o seu etílico nome. Mesclando um ritmo básico de blues com solos lascinantes de guitarra com dosada distorção, Allanbick faz um interpretação digna de ser acompanhada por um autêntico “bourbon” e um cafezinho. Vale, inclusive, pela capa do álbum, que tem uma bela foto com uma xícara alaranjada.
- Finalmente, para os mais pós-modernos, existe uma outra música “Black Coffee”, interpretada pelo “Saints & Sinners” e que está no álbum “All Saints”. Composta por T. Nichols, Von Soss e K. Elizabeth, é uma “dance” tranquila e etérea.
Confiram!