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São Paulo

The Coffee Traveler by Ensei Neto

ORIGEM

Spella Caffè

Daniel Kondo

Portland, a chamada “Cidade das Pontes” do estado de Oregon, North West dos Estados Unidos, tem uma das maiores concentrações de cafeterias que oferecem fantásticas xícaras de espresso e companhia.

Esta cidade, que é considerada como a que possui “A Melhor Qualidade de Vida” das cidades norte-americanas em 2006, é um vibrante caldeirão cultural e de culturas, com pessoas e estilos que vão dos mais alternativos aos de sofisticação “hi-end”. 

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Há uma charmosa praça em Downtown Portland, onde você pode encontrar diversos trailers com diferentes serviços, que vão de refeições mexicanas às asiáticas, além de cafeterias.

Bem na esquina entre a South West 9th Avenue e a Alder Street você encontra a cafeteria do simpático Andreas Spella: é o Spella Caffè.

Andreas, cujo nome não esconde sua descendência italiana, é um roastmaster com passagem em algumas das mais tradicionais torrefações da região e resolveu, recentemente, estabelecer seu próprio negócio.

Ele mesmo faz escolha das origens e  artesanalmente as torra, criando um blend que já se tornou referência em Portland, e que  alguns críticos de gastronomia consideram obrigatória a passagem pelo Spella Caffè se você quiser saborear um belíssimo espresso acompanhado de alguns bolos e tortas que o próprio Andreas prepara.

Além de tudo, um Chef du Pâtisserie!

Pequenas mesas de ferro batido, evocando brasões antigos, ao longo da calçada criam um particular convite para desfrutar a vida, principalmente se o céu estiver ensolarado.

Além disso, Andreas é um bom papo, com grande conhecimento não somente na arte do café, mas em cultura no geral.

É isso que torna o seu café ainda mais especial.

Aqui, eu, seu Coffee Traveler, estou junto à janela onde Andreas faz o atendimento com seus impressionantes espressos.

Um café verdadeiramente animal…

Daniel Kondo

É sinônimo de exotismo exacerbado para os “loucos” por café ou verdadeiramente iniciados…
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Este café é obtido de uma forma muito singular, única no mundo, o que lhe dá status de um autêntico Café Especial…

Encontrado exclusivamente na Indonésia, Sudeste Asiático, estes raríssimos grãos sofrem um “sofisticado” processo de retirada da casca e mucilagem desempenhado por nada mais, nada menos que um pequeno animal conhecido como Luwak ou Civet Cat!

Nesta primeira foto, um pequeno luwak está escolhendo, através de seu espetacular olfato, os frutos de café perfeitamente maduros.

O luwak, cujo nome científico é o estranhíssimo Paradoxus hermaphroditus, lembra um gambá e possui hábitos noturnos, além de apreciador de pequenas frutas. Não se sabe ao certo o porquê, mas ele adora comer grãos de café.

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Os grãos, ao passarem pelo seu estômago, acabam sendo descascados e têm a mucilagem que fica entre a casca e os grãos retirada pela ação das enzimas. Ou seja, temos aqui um “processo animal” para desmucilar um Cereja Descascado (CD).

Ao final, após um tortuoso passeio pelo trato intestinal, são defecados (infelizmente não encontrei outra palavra para descrever isso…) e permanecem no chão até que os colhedores cuidadosamente os recolham para  processá-los a seguir de forma, digamos, não animal.

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Nos pequenos sítios, sofrem o processo de secagem em terreiros, onde ficam até atingirem a umidade em torno de 11%, mantendo o seu pergaminho como invólucro.

O nome do produto, Kopi Luwak, é originário da linguagem bahasada Indonésia, sendo que kopi significa café, enquanto que luwakidentifica o pequeno animal.

Devido ao seu aspecto estritamente artesanal na coleta dos grãos, a quantidade ofertada deste café é bastante restrita, fazendo com que seus preços atinjam valores exorbitantes.

É possível fazer os pedidos do um autêntico Kopi Luwak através do website www.animalcoffee.com , onde outras curiosidades sobre este exótico café podem ser encontradas.

Para se ter uma idéia, o café cru, entitulado como Natural Kopi Luwak, custa USD 80.00 por libra-peso ou o equivalente a USD 176.60/kg!

É possível adquirir este café torrado em grãos.

E aqui uma curiosidade: há ofertas de Roasted Kopi Luwak Robusta, por USD 80.00 per pound (= USD 176.60/KG) e Roasted Kopi Luwak Arabica, por USD 200.00 per pound (= USD 441.50/kg).

Interessante, não?

Veja que mesmo na Indonésia os grãos de arábica são mais valorizados que os de robusta *!

* Na realidade o nome Robusta se refere a uma variedade da espécie  Coffea canephora, assim como Mundo Novo ou Bourbon são variedades da espécie Coffeea arabica

Posters colombianos: sutileza e brilho

Daniel Kondo

A Colômbia desde o princípio dos anos 80 investe generosa verba em marketing promocional para divulgar o “Café de Colombia”.

Através de uma estratégia muito bem estruturada e campanhas consideradas memoráveis ao longo desses quase 20 anos, o café produzido no vizinho país conseguiu se posicionar junto ao mercado consumidor como “O Mais Saboroso Café do Mundo”.

Repetir o mesmo bordão por tanto tempo acaba por fazê-lo uma verdade. Mesmo sabendo-se que o conceito de “O Melhor…” ou “O Mais…” é muito subjetivo e é escolha pessoal.

Na realidade quem pode julgar qual é ”o melhor” ou “o mais” é o consumidor.

Quero apresentar 4 posters, todos produzidos pela DDB Worldwide, que considero os mais brilhantes dos que ganharam páginas nas mais influentes revistas e magazines ao redor do mundo nos anos 80 e 90:

1. Genial comparação entre máquina e software!

1. Genial comparação entre máquina e software!

2. É fashion… observe que a manta que a modelo está usando é a mesma do Juan Valdez, imagem símbolo do Café de Colômbia.

2. É fashion… observe que a manta que a modelo está usando é a mesma do Juan Valdez, imagem símbolo do Café de Colômbia.

3. Simplesmente brilhante! A silhueta, que se tornou conhecidíssima, basta para a comunicação. Este mesmo conceito foi utilizado pela vodka Absolut e pela Coca-Cola com sua tradicional garrafa de vidro.

3. Simplesmente brilhante! A silhueta, que se tornou conhecidíssima, basta para a comunicação. Este mesmo conceito foi utilizado pela vodka Absolut e pela Coca-Cola com sua tradicional garrafa de vidro.

4. Dispensa bula!

4. Dispensa bula!

O Panamá e sua grande xícara de café

Daniel Kondo

O Panamá, famoso pelo seu canal que liga os oceanos Atlântico e Pacífico, situa-se entre a Colômbia e a Costa Rica.

País com formato peninsular, possui alguns vulcões, conferindo um solo, em grande parte, muito especial.

Recentemente, começou a ganhar destaque pela qualidade de seu café, principalmente através dos expressivos resultados do concurso “Best of Panama – Special Reserve”, que tem o apoio da SCAA – Specialty Coffee Association of America (Associação Americana de Cafés Especiais). No leilão ocorrido em maio de 2006 o lote campeão foi arrematado pelo histórico valor de USD 50.25 pp (cinquenta dólares americanos e vinte e cinco centavos por libra-peso), correspondendo a USD 6,647.07 (seis mil, seiscentos, quarenta e sete dólares e sete centavos) a saca de 60 kg líquidos!

Este valor é o recorde de preço, que, em minha opinião, deverá perdurar por muito tempo.

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Agora, os panamenhos querem entrar para a história através do preparo e serviço com a “Maior Xícara de Café do Mundo” !

Esta foto, de autoria da Agência Reuters, mostra o momento em que o “cafezinho” estava sendo finalizado.

Foram empregados 136 kg de café em pó, que resultaram nos impressionantes 2.840 litros de coffee!

Segundo o Café Duran, que promoveu o preparo da grande xícara de café, esta mede 2,75 m de altura e tem diâmetro de 1,50 m.

É um grande esforço para demonstrar que assim como o café panamenho possui alta qualidade, o consumo no país está crescendo.

O recorde anterior foi de um grupo de New York, que preparou 2.500 litros de café, em 1994.

Uma origem que resurge…

Daniel Kondo

O estado de São Paulo foi durante muitos anos responsável pela maior produção de café do Brasil, vindo a perder esta posição para Minas Gerais. Suas origens de café mais conhecidas, que ainda permanecem, são a Alta Paulista, hoje circunscrita a Garça e Marília, a Alta Mogiana, extendendo-se de Altinópolis até Pedregulho, e a Média Mogiana, que tem como referência Espírito Santo do Pinhal.

Com o início da atual fase de bons preços do café, ao menos em sua cotação em dólar, muitas origens foram sacudidas com novos plantios. Também, antigas origens tiveram seus parques cafeeiros revigorados, tentando retomar o espaço que anteriormente possuiam.

Uma delas é a região da Baixa Mogiana, que abrange Serra Negra e Bragança Paulista.

Esta área, na realidade, faz parte da Serra da Mantiqueira, em seu “biquinho” do lado paulista. Portanto, uma cadeia montanhosa predomina a paisagem, apesar de não tão elevadas como na região do Circuito das Águas, em Minas Gerais.

Observe que belo mosaico as lavouras de café formam ao longo da serra…

Estas fotos foram feitas dentro da Fazenda Boa Esperança, em Bragança Paulista, propriedade centenária na produção de café.

A altitude média fica em 950 m acima do nível do mar, e aqui a serra apresenta um clima mais seco do que sua parte mineira.

Outro aspecto que considero importante é o resgate histórico da região, com sua arquitetura, seus objetos e as estórias que as pessoas dali podem contar.

Esta é uma capela recuperada, na Fazenda Boa Esperança.

Todos os detalhes foram mantidos ou reproduzidos fielmente, apresentando um pouco da rica história arquitetônica da região.

Com isso, uma origem resurge no mapa dos Cafés do Brasil, adicionando diferentes aromas e sabores a finos blends

Uma origem que resurge…

Daniel Kondo

O estado de São Paulo foi durante muitos anos responsável pela maior produção de café do Brasil, vindo a perder esta posição para Minas Gerais. Suas origens de café mais conhecidas, que ainda permanecem, são a Alta Paulista, hoje circunscrita a Garça e Marília, a Alta Mogiana, extendendo-se de Altinópolis até Pedregulho, e a Média Mogiana, que tem como referência Espírito Santo do Pinhal.

Com o início da atual fase de bons preços do café, ao menos em sua cotação em dólar, muitas origens foram sacudidas com novos plantios. Também, antigas origens tiveram seus parques cafeeiros revigorados, tentando retomar o espaço que anteriormente possuiam.

Uma delas é a região da Baixa Mogiana, que abrange Serra Negra e Bragança Paulista.

Esta área, na realidade, faz parte da Serra da Mantiqueira, em seu “biquinho” do lado paulista. Portanto, uma cadeia montanhosa predomina a paisagem, apesar de não tão elevadas como na região do Circuito das Águas, em Minas Gerais.

Observe que belo mosaico as lavouras de café formam ao longo da serra…

Estas fotos foram feitas dentro da Fazenda Boa Esperança, em Bragança Paulista, propriedade centenária na produção de café.

A altitude média fica em 950 m acima do nível do mar, e aqui a serra apresenta um clima mais seco do que sua parte mineira.

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Outro aspecto que considero importante é o resgate histórico da região, com sua arquitetura, seus objetos e as estórias que as pessoas dali podem contar.

Esta é uma capela recuperada, na Fazenda Boa Esperança.

Todos os detalhes foram mantidos ou reproduzidos fielmente, apresentando um pouco da rica história arquitetônica da região.

Com isso, uma origem resurge no mapa dos Cafés do Brasil, adicionando diferentes aromas e sabores a finos blends.  

Casas, gente & culinária – Manhumirim

Daniel Kondo

No post anterior comentei sobre uma construção típica dos sítios de café de Manhumirim, MG, e gostaria de finalizar apresentando a montagem da chamada “tesoura” que sustenta o telhado daquela casa, uma vez que não existe forro no teto.

Veja agora, uma casa, digamos, mais tradicional.

Observe que o conceito é o mesmo: construção elevada, ficando o vão livre abaixo da casa como um depósito.

Duas são as diferenças básicas: a ausência da varanda e o detalhe estético junto à projeção do telhado.

Agora, o melhor de tudo foi encontrar os garotos Kevin e Kennedy nessa casa.

Que carinhas boas, não?!

A casa que comentei antes está em terras da Família Coutrim, sendo que fomos recebidos pela Sra. Selma Lopes.

Ela e seu marido são meeiros, ou seja, não são proprietários da terra, mas fazem a exploração do sítio com divisão de despesas e receitas. É um sistema muito comum nas regiões da Zona da Mata e Sul de Minas.

Ao final, a Sra. Selma ofereceu um prato preparado com taioba. Taioba é uma follha que é muito apreciada na região ao ser preparada como um refogado ao alho e óleo. O formato da folha lembra o do inhame e cará, porém é suculenta e tem um sabor ao mesmo tempo levemente adocicado e de grande frescor, lembrando um pouco o toque de chicória.

Acompanhada de abóbora e arroz, formou-se uma bela e apetitosa composição…

Arquitetura dos campos de café

Daniel Kondo

A Serra do Caparaó, onde fica o imponente Pico da Bandeira, que durante muitos anos reinou como o ponto mais alto do Brasil, é um grande nascedouro de pequenos rios ou córregos. Devido à essa característica, muitas comunidades rurais se formaram adotando o nome do córrego próximo, como, por exemplo, o “Córrego do Ouro”, que fica no lado de Minas Gerais.
Ao percorrer esses “Córregos” é possível encontrar pequenas preciosidades arquitetônicas, que são verdadeiros relatos vivos da história dessas regiões.

Manhumirim tem uma história cafeeira que passa de 140 anos, com a interessante particularidade de que boa parte daqueles se que iniciaram no plantio de café são migrantes vindo do Estado do Espírito Santo. Foram levas de famílias italianas, alemãs e até suiças.

Veja esta casa, que seria típica de um proprietário dos tempos antigos, com destaque para a varanda coberta.

É interessante observar que todas as casas eram construídas de forma elevada, sendo que a parte inferior, que poderia ser fechada, servia de local para depósito. Caso esta parte fosse fechada com paredes, estariam prontos os porões. Ao mesmo tempo, isso fazia o isolamento do piso da casa com o solo.

Esta casa já tem paredes rebocadas, o que não ocorria antigamente. No princípio, as paredes eram feitas segundo a técnica chamada “pau-a-pique”, que se constituía em varas de madeira trançadas entre si, formando uma malha semelhante às metálicas atuais, recebendo, ao final, uma camada de barro.

De acordo com a habilidade do construtor, após várias camadas, era feito o acabamento e recebia-se uma pintura a base de cal.

Estava pronta, assim, a parede.
Há aqui um detalhe muito interessante que é o acabamento junto ao telhado, que confere um toque especial à esta casa, construída nos anos 20/30.

Ele é montado como uma longa caixa, criando um volume entre a projeção do telhado e a parede externa.

Internamente, as “tesouras” que compõe a estrutura do telhado, que é um complexo de vigas e “mãos francesas” executadas em madeiras da região.

Curiosamente, encontrei parte das vigas com troncos da palmeira Jussara, cujo cerne é um palmito de excepcional sabor, mas que hoje tem sua comercialização proibida por lei.

De qualquer forma, o que pressiona nesta construção é que ela foi toda concebida e executada por uma pessoa “prática”, que não passou por escolas de engenharia, mas que tinha um conhecimento, digamos, intuitivo muito grande.

A longevidade desta casa é prova dessa “cultura” que era ensinada oralmente e com o “aprender fazendo”.

São as facetas quase esquecidas da cultura do interior do Brasil.

Mr. Schomer & Espresso Vivace

Daniel Kondo

David Schomer possui uma micro-rede de cafeterias de nome Espresso Vivace, que para mim é visita obrigatória para quem vai à fervilhante cidade de Seattle, WA.

Sua primeira loja, instalada num prédio de tijolos vermelhos aparentes, tinha sua entrada anunciada por uma vistosa placa dourada, com a logo que se tornou um símbolo de maravilhosos lattès da “Cidade Grunge”.

Nesta foto, além dos amigos de Carmo de Minas, Francisco Isidro, Antônio José e Jacques, está meu compadre Bruno Souza, o segundo da direita para a esquerda, que desenvolve um fantástico trabalho de cafés especiais a partir de Portland, OR.

Nesta loja, Mr. Schomer promovia cursos e workshops para baristas e, também, leigos. Inevitável eram as filas para pedir um espresso ou o famosolattè by Vivace. O atendimento rápido e eficiente, no entanto, sempre foi feito por pessoal com muita cafeína correndo nas veias …

O ambiente era muito aconchegante, com muito rock de garagemdecorado com posters de espressoslattès preparados por Mr. Schomer. Aliás, normalmente era possível encontrar esse grande mestre barista entre 7 e 9 horas todas as manhãs nesta loja, quando ele costumava pessoalmente servir os clientes. Se alguém adquirisse um dos posters, ao custo médio de USD 14, Mr. Schomer fazia questão de autografar com dedicatória.

Nesta minha visita de abril 2006, fiquei sabendo que esta loja, que é um símbolo de genuína cafeteria de cafés especiais de Seattle, estava fechando, pois toda a redondeza seria demolida para dar lugar a um novo sistema de transporte coletivo. Naquele momento, Mr. Schomer estava montando uma nova unidade próximo a Downtown Seattle (Centro de Seattle), à 227 Yale Avenue North.
Foi, então, quando todos decidiram pedir lattès para um drink de despedida dessa simpática loja.

Safra 2007 – Barreiras, oeste da Bahia

Daniel Kondo

Glaucio de Castro é produtor de café em Barreiras, Oeste da Bahia.

Nesta origem, onde obrigatoriamente as lavouras são irrigadas, o módulo das lavouras de café corresponde a aproximadamente 100 hectares (1 hectare = 10.000m²), que é a área média de um pivô central, sistema automatizado de irrigação, como está na foto. Glaucio, que se considera um “pequeno produtor” dessa origem, possui 3 pivôs.

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Apesar de algumas pequenas diferenças no clima em relação às outras origens, alguns problemas são comuns.

Um dos aspectos que mais se destaca nessa origem é o fato de que o solo é muito arenoso e muitos técnicos consideram que é como se as lavouras debaixo dos pivôs se assemelhassem às cultivadas por hidroponia!

Além disso, pelo fato da região estar a uma Latitude Sul menor que 15°, a temperatura média é bastante elevada.

Acompanhe, agora o depoimento do Glaucio:

Safra 2007 – Altinópolis, Alta Mogiana

Daniel Kondo

Carlos Piccin é agrônomo e atende clientes em diversas origens brasileiras de café.

Recentemente, esteve na região da Alta Mogiana, em São Paulo, mais precisamente em Altinópolis.

Piccin comenta sobre a situação das lavouras de café e os efeitos do clima para esta safra, além de algumas considerações interessantes.

Acompanhe.

Safra 2007 – Serra do Salitre, Cerrado Mineiro

Daniel Kondo

Geraldo Alves Melo é um produtor de café do município de Serra do Salitre, Cerrado Mineiro.

Apesar de ser um pequeno produtor rural, possui lavoura de 8 hectares de café (1 hectare = 10.000 m²) e graças ao seu capricho, Geraldo sagrou-se finalista da Edição 2004 do Concurso de Qualidade de Cafés de Minas Gerais.

Assista ao seu depoimento: 

Safra 2007 – Manhumirim, Matas de Minas

Daniel Kondo

Nesta época do ano,  a safra brasileira de café fica praticamente definida.

Com o objetivo de criar um painel sobre a Safra 2007 de café através da perspectiva do produtor, iniciaremos com um depoimento do Sérgio D´Alessandro, de Manhumirim. Ele é Diretor da SCAMG – Associação de Cafés Especiais de Minas Gerais, que tem sede em Manhuaçu. 

Sérgio fala sobre sua espectativa para a safra na Zona da Mata, comentando um pouco sobre os efeitos do clima da região nas lavouras.


Um tesouro de cafeteria

Daniel Kondo

O Japão, apesar da sua tradição em relação ao chá, é um dos principais países consumidores de café, responsável por 6% do total consumido no mundo. Ao mesmo tempo em que sua milenar cultura se mantém intocável, modernos e sofisticados conceitos são incorporados e criados. E isso também  vale para o consumo do café.

Apesar do movimento dos cafés especiais, calcado principalmente no serviço de espresso,  estar ainda em sua fase inicial, o consumo do café no Japão recebeu um tratamento ritualístico.

A World Coffee Co., da cidade de Kyoto, antiga capital do “País do Sol Nascente”, é uma empresa que engloba operações com uma indústria de torrefação de médio porte, uma pequena rede de cafeterias e restaurantes requintados. Seu Presidente, Mr. Nishimura, é pessoa de hábitos refinados e, ao mesmo tempo, um mecenas e apreciador da cultura francesa.

Certamente, sua cafeteria mais sofisticada, e, para mim, também em relação ao que existe no mundo ocidental, é uma localizada no interior do cofre-forte da antiga sede do Banco Central do Japão em Kyoto. É um conceito requintado e, ao mesmo tempo, ousado. Observe, na foto acima, a entrada, que é a porta do cofre-forte.

Mr. Nishimura criou um ambiente com ares clássicos, onde deve ser destacada sua fabulosa coleção de xícaras de porcelana, muitas das quais peças únicas.

Segundo Nishimura-san, todo o mobiliário foi adquirido em viagens à França, enquanto que estas incríveis xícaras de porcelana são provenientes de diversos países europeus, principalmente da Inglaterra.

Tive a oportunidade de segurar sua peça mais valiosa, fruto de anos de busca e avaliada em USD 70,000 (isso mesmo, setenta mil dólares!!!), que, obviamente, foi elegantemente vigiada por ele…

O serviço de café é feito em algumas dessas peças muito especiais, ao som de Mozart e Beethoven, sempre com blends elaborados pelo próprio Nishimura-san. Naturalmente, toda essa sofisticação tem seu valor traduzido no preço de cada xícara de café, que fica em média USD 10.

Mas, é uma experiência que vale a pena…

Café Grumpy, NYC

Daniel Kondo

A Costa Oeste dos Estados Unidos é o berço dos cafés especiais, movimento que surgiu em meados dos anos 80, e, por isso, existe uma quantidade enorme de fantásticas cafeterias ao longo dos estados de Washington, Oregon e Califórnia.

Mas, outras regiões dos Estados Unidos também estão descobrindo essa nova forma de apreciar um bom café, sendo que está acontecendo uma verdadeira explosão na Costa Leste, principalmente, na região de New York.

Esta é a entrada da Café Grumpy, no Queens, lugar que está experimentando radical transformação, com o surgimento de muitos locais descolados, que aproveitam antigos prédios, principalmente os lofts.

Nesta foto: segurando um pote de café torrado em grãos, ao centro, está o Ian, barista da casa, ladeado pelo compadre Bruno Souza e eu, seu Coffee Traveler.

Aqui, em detalhe, a placa da entrada com a logo da casa, uma simpática careta. A Grumpy é uma casa muito agradável, com serviço de internet wireless gratuita, que é um item obrigatório, além de, ao fundo, ter uma galeria de arte.

Ian é jovem no ramo, mas  muito interessado em conhecer os “porquês” do mundo do café. Ele fez um estágio na Victrola, em Portland, com o Tony e o Kyle, e esforça-se para aprimorar sua técnica noespresso lattès.

Uma das coisas que salta aos olhos é a quantidade de itens de alta qualidade que fazem parte da linha de produtos que essas novas coffee shops oferecem além do café. São águas de excelente procedência, como a San Pellegrino e Panna, vinhos, chocolates em barra belgas e suiços (na Grumpy, por exemplo, encontrei uma barra com 85% de cacao!) e licores finíssimos. É a constatação de que qualidade é objeto de desejo de todo mundo…