Contact Us

Use o formulário à direita para nos contactar.


São Paulo

The Coffee Traveler by Ensei Neto

ORIGEM

Fresh Pot: Coffee shop & cool atmosphere

Daniel Kondo

Na região nordeste de Portland passa hoje por um processo de revitalização urbana muito grande, fazendo com que novos pontos de serviços surjam para deleite dos “loucos” por café.

Uma das coffee shops mais interessantes que visitei recentemente foi a FRESH POT.

Montada num prédio antigo, preservou sua identidade arquitetônica e adicionou elementos que a tornam muito interessante.

Sua fachada é toda envidraçada e na entrada muitos posters e avisos são colados, criando um mosaico de cores vibrantes.

Diversos equipamentos antigos ficam expostos e também acabam servindo de apoio para os apetrechos como açúcar, mexedores e etcetera e tal.

As mesas e cadeiras, bem como os ventiladores de teto, criam perfeito clima anos 50 revisitado.

O equipamento que mais chamou a atenção é esta balança com um design maravilhoso.

Observe que a escala com o peso fica num mostrador horizontal na cabeça tubular.

Bela arquitetura, não?

O acabamento em cobre confere muito charme, bem como a mesa em vidro.

Apesar de que no Fresh Pot funciona como um aparador dos apetrechos de café…

O café servido no Fresh Pot é fornecido pela Stumptown.

Aqui vemos Joel Pollock pedindo espresso para nós dois.

Veja o belo balcão e a estante ao fundo, formando uma bela composição.

espresso que nos foi servido tinha como base um Harrar, origem da Ethiopia que tem como característica o sabor de frutas vermelhas, e algo como Sumatra, com seu característico sabor de mofo e terra, porém com um elegante equilíbrio obtido através da correta acidez cítrica.

Havíamos provado o mesmo blend em outra casa, que comentarei em próximo post, porém com resultado muito diferente do Fresh Pot.

Confira, abaixo, a cor amendoada escura do creme, formando belo contraste com a xícara com coloração retrô.

Percorrendo o Caparaó

Daniel Kondo

A região da hoje denominada Matas de Minas, anteriormente Zona da Mata, é composta por um grande número de municípios, destacando-se na produção de cafés aqueles que estão nas encontas da Serra do Caparaó.

Para se ter uma idéia de como essa serra pode mostrar belas surpresas, basta lembrar que é ali que está o Pico da Bandeira, que foi durante muitos anos o ponto culminante do Brasil.

A Serra do Caparaó apresenta um arquitetura muito diferente da, por exemplo, Serra da Mantiqueira, pois observa-se o predomínio de grandes rochas e, devido à isso, formações inusitadas!

As altitudes em que as lavouras de café estão plantadas no Caparaó variam de 850 m a até 1.350 m. Outro aspecto importante é o fato de que a Mata Atlântica remanecente possui uma das maiores reservas da palmeira Jussara, que produz um palmito de excepcional sabor e textura, hoje com extração proibida.

No Alto Jequitibá e Alto Caparaó, por exemplo, pequenos produtores de café convivem equilibradamente com a exuberante vegetação nativa da Mata Atlântica, justamente onde as pequenas lavouras de café se integram perfeitamente à paisagem.

Do lado oposto, em Lajinha, verdadeiras obras de arte surgem ao longo da cadeia montanhosa, com impressionantes formações rochosas.

Parecem esculpidas, tal dramaticidade que as formas apresentam.

Os cafés, como não poderia deixar de ser, apresentam características de bebida muito interessantes, que pretendo abordar como resultado de uma prova de diferentes lotes de café.

São bebidas com boa intensidade de acidez cítrica, encorpadas e eventuais notas florais adocicadas que podem competir com algumas origens da América Central…

Observem, abaixo, esta impressionante formação rochosa:

Percorrendo o Caparaó

Daniel Kondo

A região da hoje denominada Matas de Minas, anteriormente Zona da Mata, é composta por um grande número de municípios, destacando-se na produção de cafés aqueles que estão nas encontas da Serra do Caparaó.

Para se ter uma idéia de como essa serra pode mostrar belas surpresas, basta lembrar que é ali que está o Pico da Bandeira, que foi durante muitos anos o ponto culminante do Brasil.

P1040472.JPG

A Serra do Caparaó apresenta um arquitetura muito diferente da, por exemplo, Serra da Mantiqueira, pois observa-se o predomínio de grandes rochas e, devido à isso, formações inusitadas!

As altitudes em que as lavouras de café estão plantadas no Caparaó variam de 850 m a até 1.350 m. Outro aspecto importante é o fato de que a Mata Atlântica remanecente possui uma das maiores reservas da palmeira Jussara, que produz um palmito de excepcional sabor e textura, hoje com extração proibida.

No Alto Jequitibá e Alto Caparaó, por exemplo, pequenos produtores de café convivem equilibradamente com a exuberante vegetação nativa da Mata Atlântica, justamente onde as pequenas lavouras de café se integram perfeitamente à paisagem.

P1040476.JPG

Do lado oposto, em Lajinha, verdadeiras obras de arte surgem ao longo da cadeia montanhosa, com impressionantes formações rochosas.

Parecem esculpidas, tal dramaticidade que as formas apresentam.

Os cafés, como não poderia deixar de ser, apresentam características de bebida muito interessantes, que pretendo abordar como resultado de uma prova de diferentes lotes de café.

São bebidas com boa intensidade de acidez cítrica, encorpadas e eventuais notas florais adocicadas que podem competir com algumas origens da América Central…

Observem, abaixo, esta impressionante formação rochosa:

P1040474.JPG

Cacadores de café Hunting Coffees

Daniel Kondo

Com a criação do mercado de cafés especiais, uma nova leva de profissionais começou a se formar, cuja missão é a de procurar cafés absolutamente diferentes ou exóticos: sãos os Caçadores de Café ouCoffee Hunters.

Cafés exóticos são aqueles cafés que apresentam um perfil de bebida que foge aos padrões usuais, sejam de uma determinada origem, seja dentro de um aspecto mais geral. Essa multiplicidade de aromas e sabores em cada lote de café depende basicamente dos seguintes fatores: a geografia, que entra com a altitude, relevo e solo, e a forma de produção, que além da tecnologia empregada, abrange a variedade plantada.

Assim, o primeiro passo é ir até onde o café é produzido…

P1040460.JPG

Veja ao lado lavouras de café junto à Serra do Caparaó, MG:

Mas, isso não é tudo…

A busca por cafés exóticos é muito complicada porque é necessário que, também, os lotes avaliados tenham sido preparados adequadamente, ou seja, quando passam por um processo de seleção que pode se constituir de até 3 diferentes etapas: a seleção por tamanho de grão (que confere uniformidade  quanto ao tamanho e forma), a seleção por densidade (que retira grãos mal formados e imaturos) e, finalmente, a seleção por cor (que retira grãos pretos, verdes e ardidos, o famoso trio “PVA”).

P1020562.JPG

Daí, normalmente, seguem-se extenuantes rodadas de provas de café, que podem envolver até dezenas de amostras…

É a “hora do show”: o Caçador de Cafés tem de demonstrar o seu bom preparo, pronto para avaliar de forma criteriosa cada lote de café.

Esse é um momento muito instigante, pois gera grande expectativa entre os produtores, pois há sempre o desejo de que o seu café seja reconhecido pela sua alta qualidade e, quem sabe, se apresentar alguma nota de exoticidade.

A metodologia normalmente empregada por esses profissionais é a da SCAA- Specialty Coffee Association of America ou da ACE- Alliance for Coffee Excellence, esta a entidade responsável pelo concurso internacional Cup of Excellence em todo o mundo. Uma metodologia objetiva ajuda muito nessa hora, pois ao se quantificar a qualidade fica mais fácil de se identificar e entender porquê um café é superior ao outro.

P1020466.JPG

E, finalmente, a alegria de ter encontrado um verdadeiro tesouro, como mostra feliz o Coffee Hunter Joel Pollock nesta foto.

Joel, que desde a época do colégio já tinha contato com o café, quando era um barista iniciante, passou por empresas como CBI, Portland Roasting e Stumptown Coffees, onde desenvolveu também sua arte de torrar o café e o gosto por descobrir diferentes cafés ao redor do mundo…

Hoje, Joel faz parte do time de Coffee Hunters da empresa BECCOR de Portland, OR.

Para esse pessoal não há tempo ruim, chuvoso, terrenos selvagens ou absoluta falta de conforto urbano.

O que vale é a aventura e a emoção de encontrar esses fantásticos tesouros que farão muitos consumidores se deliciarem e imaginarem locais tão exóticos enquanto bebem uma bela xícara de café.

Mr. Don Jensen Duck´s

Daniel Kondo

Uma das figuras mais carismáticas da Specialty Coffee Industry do Estado do Oregon, USA, é sem dúvida Mr. Donald Jensen ou, simplesmente, como ele gosta, Mr. Don.

Com uma história riquíssima, com passagens inclusive como militar condecorado, amante de pescarias de trutas e salmão das cristalinas águas do Columbia River, ao estiloflying fishing, antes de tudo duas paixões movem Mr.Don Jensen: o café e o seu time do coração, o Duck´s.

No café, sua história remonta aproximadamente 30 anos, tendo como referência diversas marcas criadas e que fazem parte da história do café na região. O que levou Mr. Don ao café foi justamente sua paixão pela gastronomia e bebidas.

Com um paladar apurado e refinado, introduziu diferentes linhas de produtos de sua principal indústria, a Bridgetown Coffee Co., que de uma simples torrefação de café, hoje distribui e faz a manutenção de diversos tipos de máquinas de café, como as tradicionais para o serviço Brewed Coffee, que é o tradicional American Coffee ou simplesmente Coffee, e as para o serviço de espresso, além de um completo serviço de suporte na área de catering.

O nome escolhido, Bridgetown, cuja tradução é “Cidade das Pontes”, é uma homenagem à cidade de Portland, que recebe este nome devido às suas 9 belíssimas pontes que interligam a cidade.

Também, diversas marcas e base de franquias de cafeterias foram desenvolvidas, das quais uma que é das minhas favoritas é esta, “Aroma Coffee”, na foto ao lado.

Dentre as linhas de produtos que sua empresa oferece, uma das mais interessantes é a de temperos orientais, principalmente aqueles contendo cravo, canela e aniz, por exemplo.

A área onde esses temperos são preparados é, como ele diz, sua “Sala de Inspiração”…

O café é o seu carro-chefe e o espresso, sem dúvida, um de seus focos principais. Mr.Don Jensen  sempre procura por cafés brasileiros porque ele adora os tons achocolatados e toques de caramelo típicos, base para seus interessantíssimosblends com  origens africanas e do sudeste asiático.

E na cafeteria Bridgetown, espressos muito bem extraídos são servidos num ambiente agradável, ao som de muito rock dos anos 60 e blues.

A carta de serviços é extensa, mas recomedáveis são os lattès e o “Café do Dia”, sempre sob a inspiração do divertido Mr. Don.

É como um “menu confiance” no café!

Uma boa surpresa nos é reservada todos os dias…

Inovações portuguesas

Daniel Kondo

Do sul de Portugal, compilei duas notas no mínimo inusitadas.

Foi lançado neste final de semana, durante a Feira Nacional de Olivicultura, realizada em Campo Maior, Alentejo, região sul de Portugal, uma “conserva de azeitonas com café”.

É isso mesmo: conserva de azeitonas condimentada com café!

Este produto foi desenvolvido pela empresa Azeitonas & Azeite Gralha, de Campo Maior.

Segundo o responsável técnico da empresa, Sr. Mário Bernardo, em sua linha de produtos já existiam conservas de azeitonas com diversos tipos de condimentos, porém, pelo fato da região ter duas importantes empresas de torrefação de café, além da fama dos campos de oliveiras, resolveu-se desenvolver um condimento com adição de café.

O produto deverá estar disponível no mercado até o final deste mês de setembro e, segundo o Sr. Bernardo, além de um paladar diferenciado, sua formulação envolve procedimentos guardados a sete chaves!

Creio que vale experimentar.

Ainda da região meridional de Portugal, agora na pequena cidade de Amora, em Setúbal, completou o primeiro aniversário de funcionamento o Café Cristão da Amora, sob as bençãos da Diocese local.

Com decoração com motivos que lembram a Eucaristia e o Espírito, cada mesa tem como kit básico uma bíblia e um livro de cânticos. Com uma área total de 400 m², este café temático tem na programação de seus finais de semana apresentações de animados musicais litúrgicos e declamação de textos bíblicos.

Amora, que fica a aproximadamente 30 minutos de Lisboa de carro, é uma pequena cidade com 50.000 habitantes, tendo sua fundação ocorrida em 1384.

Segundo Antônio Manuel Andrade, a proposta é a de manter um local de ambiente saudável e cristão para que os jovens da cidade e região possam desfrutar ao final do dia ou em fins de semana.

O cardápio possui os clássicos serviços de café, com a tradicional bica como carro-chefe.

O bom efeito de um grande concurso

Daniel Kondo

O café foi a cultura que mais promoveu o desenvolvimento em nosso país, dada sua característica de envolver mão de obra intensiva e necessitar de boa infra-estrutura para o escoamento da produção.

O Estado de São Paulo é um exemplo típico, pois a malha ferroviária, que perdeu lugar para o foco rodoviário que o Governo JK imprimiu na década de 1950, integrou e abriu as portas para as riquezas que o café pode proporcionar em quase todas as suas regiões. Os nomes como Mogiana, Alta Paulista, Noreste e Sorocabana representavam não apenas essas origens produtoras de café, mas, também, das importantes linhas ferroviárias.

P1040305.JPG

A Alta Sorocabana, cujos municípios fazem divisa com o Estado do Paraná, foi responsável por grande produção de café genuinamente paulista, mas que no último quarto do Século XX, devido às grandes geadas que ocorreram nos anos 70 e 90, conheceu o seu declínio.

Piraju é a cidade de referência, hoje, para essa importante região, que ainda possui aproximadamente 25.000 hectares de café em produção distribuidas em municípios de nomes tipicamente indígenas como Tejupá, Sarutaiá e Timburi. Com a grande represa de Jurumirim nas proximidades, há também uma vocação para o turismo na região.

P1040307.JPG

Piraju, que em tupi-guarani significa “Peixe Amarelo” ou o famoso dourado, teve sua fundação por volta de 1850, e já em pleno Século XX passou a fazer parte da linha férrea da Alta Sorocabana.

Sendo o dourado o símbolo da cidade, pois ele é um peixe muito comum nos grandes rios da região, seu formato está presente nas placas de rua da área central de Piraju, como pode ser visto nesta foto.

As lavouras de café ficam distribuidas nas áreas mais elevadas, com altitude entre 800 m e 1100 m. É importante observar que esta origem de café está muito próxima ao Trópico de Capricórnio, portanto a mais de 23° de Latitude Sul.

No final dos anos 90, alguns produtores fundaram a PROCED, que é a associação que abrigou aqueles que estavam se iniciando no processo de CD – Cereja Descascada (PROCED – Associação dos Produtores de Cereja Descascada de Piraju e Região). Devido ao fato da topografia de montanha, a umidade durante o período de colheita é muito alta, justificando a escolha do processo de pós-colheita adotada pelos cafeicultores.

A descoberta de que cafés de alta qualidade podiam ser produzidos ali, estimulou a outros produtores a adotarem o processo de descascamento e logo interessantes resultados vieram.

Talvez o mais notável foi a conquista da primeira colocação no Concurso de Qualidade para Espresso promovido pela empresa italiana illycaffè,  responsável pela introdução do conceito de Café de Relacionamento entre os produtores brasileiros.

P1040315.JPG

Em 2001, Waldomiro Nicolau Ferreira teve seu lote de café como o melhor do concurso, fazendo juz ao belíssimo troféu que é uma xícara illy dourada com um cofre articulado de madeira.

Nesta foto, Antônio “Toninho” Ferreira, irmão de Waldomiro, nos mostra, orgulhosamente, o troféu de campeão de 2001.

Donos de supermercado, resolveram dar impulso a um outro sonho: criar um espaço para o café na pequena Piraju.

Numa loja moderna, Waldomiro e Toninho montaram uma elegante cafeteria, com um bom serviço de espresso com grãos de produção própria.

Um círculo virtuoso foi criado a partir do estímulo de um concurso de qualidade que deu início aos inúmeros hoje existentes no Brasil: ao ter sua produção reconhecida pela qualidade, o cafeicultor passa a oferecer um excelente café para os novos consumidores do interior de São Paulo.

Novos consumidores, iniciados com um café e serviço de alto nível, estimulam a produção de excelentes grãos!

Na foto abaixo, da esquerda para a direita, em frente à cafeteria Max Café, Antônio Ferreira, eu, seu Coffee Traveler, Selma Vieira e o agrônomo Emílio Hara:

P1040312.JPG

Um café para um Et

Daniel Kondo

Varginha é considerada cidade-polo para a região do Café do Sul de Minas, contando aproximadamente com 200.000 habitantes. É um dos municípios com uma das maiores produções de café em nosso país.

Tradicionais famílias de cafeicultores, bem como antigas fazendas mostram a história do café nessa região.

As principais casas exportadoras de Cafés do Brasil possuem filial e, em muitos casos, armazéns para o preparo de café para a exportação. Para facilitar, há um Porto Seco, que é como se denomina um posto aduaneiro localizado no interior, possibilitando a preparação de toda a documentação de exportação. Assim, basta o container chegar num porto para ser embarcado em navio.

A alguns anos atrás, Varginha ficou famosíssima por um caso cercado de grande mistério ainda hoje: o aparecimento de um ET !

Algumas pessoas afirmaram ter visto um ser do espaço, outros, sua espaçonave, e etecetera e tal. O exército apareceu, negando tudo, de forma que o episódio lembrou o célebre caso do ET de Roswell.

Muito sinistro, não!?

Pois bem, depois disso, a cidade passou a capitalizar sobre o caso, conhecido como o “ET de Varginha”, com estórias como a de que ” o ET viajou o universo para beber um bom café…”.

Monumentos não faltam, como a nave em alumínio que acoberta a caixa d’água da cidade.

Voltando ao café, numa das principais praças da cidade, fica o COMCAFÉ, que é um misto de cafeteria e restaurante na casa onde funcionava anteriormente o Centro de Comércio de Café de Varginha.

Os Centros de Comércio de Café, muito conhecidos pela abreviação ”CCC”, funcionam em locais de onde os cafés partem para os destinos internacionais, sendo o órgão responsável em registrar as exportações do nosso venerado grão. O CCC de Varginha é o único que funciona no interior, justamente pelo fato de que nessa cidade existe um “Porto Seco”. Em função de acordos, os CCCs emitem o mais antigo e um dos mais eficientes documentos de rastreabilidade do mercado: o Certificado da OIC – Organização Internacional do Café. Num outro momento comentarei sobre esse certificado.

O COMCAFÉ é um local muito agradável, decorado com muito bom gosto e um toque pessoal do Cleber Marques de Paiva, atual presidente do CCC de Varginha, tendo salas reservadas e um belo balcão de café, como pode ser visto nesta foto. No almoço, executivos das casas exportadoras e cafeicultores tomam conta do local, entendendo que ali funciona, antes de tudo, um novo segmento do mundo do café.

Sendo espaço do CCC local, é uma interessante e estimulante idéia para difundir em pleno interior mineiro o hábito de se consumir excelentesespressos e suas variantes. Normalmente, os recônditos interioranos têm um atraso em abrigar novidades, mas em Varginha, talvez devido à influência do ET, chegaram rapidinho…

Espírito Santo o outro lado da Serra do Caparaó

Daniel Kondo

A Serra do Caparaó é uma das escarpas mais elevadas do Brasil, abrigando um dos pontos culminantes do nosso país, o Pico da Bandeira.

P1000483.JPG

Alojada num lugar maravilhoso, entremeado pela exuberante Mata Atlântica remanescente da Serra do Mar, sua cafeicultura exibe números interessantes, de ambos os lados: o mineiro e o capixaba.

Do lado capixaba, que tem a bucólica Venda Nova do Imigrante, que fica ao longo da rodovia que liga Belo Horizonte a Vitória, como referência, o desenvolvimento da sua cafeicultura de alta qualidade tem sido notável.

Nessa empolgante história não pode deixar de se mencionar o esforço do hoje respeitado Secretário de Agricultura de Venda Nova, Evair de Melo, que desde cedo enxergou que a alta qualidade era o importante trunfo que a cafeicultura de montanha do Espírito Santo poderia apresentar ao mundo.

Seus esforços vêm sendo coroados de reconhecimento por diversos agentes de mercado, como a poderosa UCC – Ueshima Coffee Co., do Japão, que patrocina um concurso anual de qualidade no Espírito Santo juntamente com a tradicional exportadora Tristão.

A UCC, que é a maior indústira de torrefação japonesa, mantém alguns importantes projetos em algumas origens reconhecidamente de alta qualidade, como em Kona, Hawaii, USA, e na Jamaica, onde mantém propriedades de café.  Este projeto em solo capixaba desenvolvido por esta empresa simplesmente é o reconhecimento do trabalho focado na alta qualidade dos produtores das regiões de montanha do Espírito Santo, bem como do ideal do Evair de Melo.

Veja, a seguir, um vídeo sobre o Café Especial do Espírito Santo:

Arquitetura dos campos de café 3

Daniel Kondo

Solar dos Werner, em Manhumirim, MG.

Aqui o destaque é o uso da cor verde ao invés da tradicional azul escuro. O efeito é, no mínimo, interessante, pois confere grande leveza às formas coloniais.

P1000777_1.JPG

A Família Werner tem sua origem na Suiça, cujos imigrantes influenciaram fortemente a região da Serra do Caparaó, MG.

Ainda em Manhumirim, uma casa com a influência de Le Corbusier, em plena Matas de Minas!

Esta casa, de propriedade da Sra. América Segal Dias, foi construída pelo seu marido, Rubens, e que aplicou conceitos modernistas do genial Charles Jeanneret como, por exemplo, as janelas com volumes em fitas.

Aprecie esta preciosidade

Aprecie esta preciosidade

Agora um outro tipo de construção: igrejas.

E esta, em particular, é de uma beleza e história muito particulares.

É a igreja matriz de Carmo de Minas, Serra da Mantiqueira, MG. Com mais de 50 anos de história, tem suas linhas baseadas nas igrejas portuguesas, como bem demonstram os recortes em blocos da torre e laterais da nave principal. Toda a parte interna foi importada de Portugal, com os vitrais, as luminárias e algumas câmaras.

P1030140.JPG

Vale a visita:

E agora?

Que lhe parece?

P1000366.JPG

Este exuberante e imponente prédio é o Seminário da cidade de Manhumirim, MG. Mas, poderia estar em qualquer legítima “piazza” italiana, pois suas linhas nos transportam ao belo país que é berço doespresso!

Arquitetura dos campos de café 2

Daniel Kondo

Carmo de Minas, Serra da Mantiqueira, MG.

Esta é a casa sede da Fazenda Santa Rita, de Carlos Henrique, e que foi construída em 1928.

Mantém o tradicional porão e tem uma varanda com um moderno apoio de peitoril em ferro batido.

Veja, agora, detalhes da janela e a inscrição com o ano de sua construção.

Coromandel, Cerrado Mineiro. Uma construção centenária, esta é a antiga igreja sede da cidade, em estilo colonial. O nome “coromandel” é muito interessante e refere-se a uma árvore de grande porte comum nas florestas tropicais asiáticas. Coincidentemente, há uma cidade com o nome de Coromandel na Nova Zelândia!

A Fazenda Lageado, hoje parte do campus da UNESP de Botucatu, foi uma das maiores na produção de café nessa região de São Paulo.

Sua estrutura impressiona, principalmente pelos seus imensos terreiros de tijolo.

  Botucatu, SP.

  Botucatu, SP.

Nesta foto vê-se o antigo armazém onde ficavam as tulhas e o sistema de benefício de café. A entrada do café para as tulhas era feito em sua parte superior, alinhada com o terreiro, e cujo acesso era feito por esta ponte.

Arquitetura dos campos de café 1

Daniel Kondo

Uma das coisas que me fascina é a arte das formas nas construções e, nisso, os Campos de Café são pródigos, seja ao evocar a época dos históricos “Barões do Café” ou mesmo instalações inusitadas.

Farei uma pequena série com registros de diferentes origens e construções que trazem um pouco da história da cafeicultura brasileira.

106_0636_IMG_1.JPG

Começamos pela região Araraquarense, em São Paulo.

Este casarão centenário é a sede da Fazenda Monte Alto, em Monte Alto, junto ao centro geográfico do estado de São Paulo. Foi restaurado pela sua atual proprietária, Maria Helena Monteiro, num trabalho minucioso.

Abaixo, uma vista lateral do imponente casarão, que mantém a combinação tradicional de cores branco e azul escuro.

Seguindo para o Cerrado Mineiro, esta é a casa sede da Fazenda Santa Cecília, em Carmo do Paranaíba, de Pedro Humberto Veloso.

 

 

Observe bem a fachada:

 

 

P1030997.JPG





P1040001.JPG

Parece familiar?

Veja por este outro ângulo…

Este casarão, que tem aproximadamente 110 anos e que originalmente foi construído por missionários cristãos que estavam na região, serviu de palco para as filmagens do seriado “Grande Sertão: Veredas”.

Recuperado, Pedro manteve toda a sua estrutura original, inclusive as cores aplicadas.

Café y piernas pero un gran café

Daniel Kondo

Com a valorização do Real, o brasileiro está viajando mais para o exterior, apesar do caos ou “apagão” aéreo que o Brasil tem passado desde o final de 2006.

Um dos destinos prediletos nas férias de julho é o Chile.

Viagem agradável, não muito longa, desde que embarcados…

Apesar da entrada da rede norte-americana Starbucks em Santiago, que conta com 10 lojas, os chilenos dessa cidade demonstram uma paixão pelo café de longa data.

Duas casas tradicionalíssimas, localizadas na área central de Santiago, mantém uma história de quase 30 anos: são o Café Haiti e o Café Caribe.

Ambas são do mesmo empresário, um italiano de nome Señor Lubiano que migrou a mais de 40 anos para o Chile e que não queria ficar sem saborear o seu espresso.

Desde a escolha das máquinas, que são todas da tradicionalíssima empresa de máquinas paraespresso Gaggia e de 4 grupos errogadores (onde são encaixados os porta-filtros com o pó), raríssimas de se ver, e escolha do blend do café, tudo é obra do Señor Lubiano.

O Café Haiti, que fica na Calle Ahumada, possui um amplo salão, onde 4 imponentes máquinas Gaggia dominam um longo balcão onde são os servidos os cafés.

Seu movimento é impressionante, intenso durante todo o dia.

Sua clientela modifica-se em função do horário, sendo que no meio da manhã predominam os empresários e profissionais liberais, que discutem sobre a economia e rumos dos negócios. À tarde, o ambiente fica mais familiar, e até com diversos grupos de senhoras que aproveitam o local para um alegre encontro.

No final de semana, as famílias tomam conta, definitivamente, vendo-se pais e filhos se acotovelando nos balcões e desfrutando das bebidas de café que essa tradicional casa serve.

Um dos mais pedidos é a versão da casa do cappuccino, como pode ser visto na foto ao lado:

Y las piernas?

Si, las hay…

A princípio, pode-se achar que o ambiente é machista porque as atendentes usam vestidos colantes, deixando à mostra pernas. E todas as “chicas” possuem belas piernas

Mas, o ambiente familiar logo faz com que essa primeira imagem se desfaça e percebe-se que há, antes de tudo, naturalidade e muito respeito.

Nesta foto estão Jocelin, à esquerda, e a Sra. Leontina, que completou 25 anos de casa!

Leontina, como faz questão de ser chamada, é extremamente atenciosa, sugerindo bebidas e comentando sobre a história da casa.

Só a divertida conversa com ela já vale a visita.

Santa Mariana e São Benedito

Daniel Kondo

Encravado na micro-região demarcada da Serra da Mantiqueira, MG, fica o município de Dom Viçoso.

P1030908.JPG

Em uma de suas áreas mais altas, fica o Rancho São Benedito, propriedade da família da Sra. Mariana Junqueira, que vem construindo um belo histórico de produção de cafés especiais.

Na realidade, a propriedade é composta de duas fazendinhas, sendo que a outra tem o nome de Sítio Santa Mariana.

Sebastião, filho mais velho de Dona Mariana, explica que a escolha dos nomes se deu para perpetuar no nome dos pais: Mariana e Benedito.

P1030898.JPG

As lavouras de café com as nobres varietais Mundo Novo, Catuaí Amarelo e Bourbon Amarelo perfazem um belíssimo mosaico ao longo da serra, numa privilegiada altitude que ultrapassa os 1.200 m.

Dona Mariana exerce seu papel de matriarca e inspeciona pessoalmente os serviços na propriedade.

Ela faz questão de conversar com os funcionários de cada setor, explicando não apenas a forma de trabalho, mas, também, a importância que cada um deles têm no sucesso do Rancho São Benedito e do Sítio Santa Mariana.

Percebe-se claramente o toque feminino em todo o local, numa organização impecável das atividades, chegando ao requinte de cada lote de café ter suas bordas milimetricamente alinhadas com um tipo de rodo criado pela Dona Marianinha.

P1030892.JPG

Ela também costuma verificar o ponto de finalização da secagem e o local onde cada lote deve ficar armazenado.

Dona Marianinha ladeada pelos filhos administradores, Sebastião, à esquerda, e Márcio Heleno, à direita.

Dona Marianinha ladeada pelos filhos administradores, Sebastião, à esquerda, e Márcio Heleno, à direita.

Todo esse capricho já lhe rendeu importantes prêmios em diversos concursos de qualidade de café, fazendo parte do “clube” de costumeiros finalistas do concurso Cup of Excellence Brasil.

Finalizando, vejam a exuberante visão da Serra da Mantiqueira com a pequena Dom Viçoso ao fundo

Finalizando, vejam a exuberante visão da Serra da Mantiqueira com a pequena Dom Viçoso ao fundo

 

 

Santa Mariana e São Benedito

Daniel Kondo

Encravado na micro-região demarcada da Serra da Mantiqueira, MG, fica o município de Dom Viçoso.

Em uma de suas áreas mais altas, fica o Rancho São Benedito, propriedade da família da Sra. Mariana Junqueira, que vem construindo um belo histórico de produção de cafés especiais.

Na realidade, a propriedade é composta de duas fazendinhas, sendo que a outra tem o nome de Sítio Santa Mariana.

Sebastião, filho mais velho de Dona Mariana, explica que a escolha dos nomes se deu para perpetuar no nome dos pais: Mariana e Benedito.

As lavouras de café com as nobres varietais Mundo Novo, Catuaí Amarelo e Bourbon Amarelo perfazem um belíssimo mosaico ao longo da serra, numa privilegiada altitude que ultrapassa os 1.200 m.

Dona Mariana exerce seu papel de matriarca e inspeciona pessoalmente os serviços na propriedade.

Ela faz questão de conversar com os funcionários de cada setor, explicando não apenas a forma de trabalho, mas, também, a importância que cada um deles têm no sucesso do Rancho São Benedito e do Sítio Santa Mariana.

Percebe-se claramente o toque feminino em todo o local, numa organização impecável das atividades, chegando ao requinte de cada lote de café ter suas bordas milimetricamente alinhadas com um tipo de rodo criado pela Dona Marianinha.

P1030892.JPG

Ela também costuma verificar o ponto de finalização da secagem e o local onde cada lote deve ficar armazenado.

Todo esse capricho já lhe rendeu importantes prêmios em diversos concursos de qualidade de café, fazendo parte do “clube” de costumeiros finalistas do concurso Cup of Excellence Brasil.

Abaixo, Dona Marianinha ladeada pelos filhos administradores, Sebastião, à esquerda, e Márcio Heleno, à direita:

Finalizando, vejam a exuberante visão da Serra da Mantiqueira com a pequena Dom Viçoso ao fundo:

Colheita de café no Brasil mecanizada

Daniel Kondo

A colheita do café no Brasil já se iniciou.

Na verdade, algumas regiões iniciaram a colheita no final de abril, mas somente agora pode-se dizer que a todo o Cinturão do Café do Brasil está em ritmo intenso.

Isso acontence porque o ideal é colher o café quando existem poucos grãos verdes. Lembram-se que os grãos verdes e imaturos conferem adstringência à bebida? Experimente comer uma banana ou um caqui ainda verdes…pois é, a sensação de “secura” na boca é provocada pela adstringência.

Portanto, uma bebida de boa qualidade não deve ter adstringência. Afinal, beber café tem de ser uma experiência sensorial agradável e não um momento de sofrimento…

P1030641.JPG

Observe bem esta foto: existem grãos com tons de vinho, outros avermelhados, porém com uma parte bastante clara, e vários com uma cor avermelhada como cerejas.

Estes últimos são aqueles que atingiram sua plena maturação, enquanto que aqueles que possuem uma parte clara ainda são considerados imaturos.

Os grãos com tons de vinho já estão entrando na sua fase “passa”, quando há uma concentração da polpa entre a casca e os grãos.

Esta foto considero muito interessante porque mostra algumas fases muito próximas entre si, porém que propiciam sabores muito diferentes na xícara! É muito importante compreender que o grão de café é uma fruta e que uma vez retirado da árvore não continua a amadurecer.

Tecnicamente, é uma lavoura com grande uniformidade em sua maturação.

Veja, agora, um pequeno vídeo onde se vê uma colheita mecanizada. No caso, está sendo utilizada uma colheitadeira tracionada, ou seja, ela é puxada por um trator.

Foi feito na fazenda da Família Silvoni, na lavoura do Vanderlei Silvoni, em Coromandel, Cerrado Mineiro.

Acompanhe:

O valor da esmeralda: USD 17,196 por 60 kg!

Daniel Kondo

Durante a Conferência da SCAA – Specialty Coffee Association of America (Associação Americana de Cafés Especiais), que aconteceu de 04 a 07 de maio último, em Long Beach, CA,  participei de uma série de avaliações de cafés provenientes de vários países que possuem convênio de cooperação com a SCAA.

P1010533.JPG

Esse evento, que é o Roasters Guild Cupping Pavilion, durou 3 dias quando mais de 30 profissionais da área de classificação de cafés especiais de vários países puderam avaliar amostras de cafés dos países da América Central, África, América do Sul e Pacífico.

Do Brasil, além de mim, seu Coffee Traveler, participou ativamente o Jack Robinson, que é o Degustador e Classificador do Café Bom Dia, de Varginha, MG. 

Haviam cafés realmente maravilhosos.

Nesse certame, o café da Hacienda La Esmeralda, de Boquete, Jaramillo, Panama, foi considerado o melhor, seguido de perto do Finca El Injerto, de Huehuetenango, Guatemala.

A classificação final do Cupping Pavilion pode ser verificada através do link

http://www.scaa.org/pdfs/news/SCAACuppingPavilion2007WinnerPressReleaseFINAL.pdf

Um dos concursos de qualidade de cafés que conta com o apoio oficial da SCAA é o que acontece anualmente no Panama e que tem o nome The Best of Panama.

O lote vencedor foi o da Hacienda La Esmeralda, de Boquete, Jaramillo, Panama, a exemplo do que ocorreu no certame de 2006.

Esta fazenda, que é propriedade de Mr. Price Parterson, está localizada numa região vulcânica e a mais de 1.200 m de altitude.

Apesar de sua relativamente pequena latitude, que é de 8°47’58″ Norte, como você pode verificar pelas informações nesse mapa do Google Earth reproduzido ao lado, as condições geográficas são impressionantes.

Junto com isso, há uma especulação de que a combinação com estas particulares condições geográficas e o emprego de uma variedade denominada “gueisha” dê um toque de sabor que lembra os grandes vinhos borbulhantes produzidos em Champanhe.

Dois amigos, Tom Owens e Willem Boot, em particular, após a rodada final, comentaram sobre isso. Willem disse que havia pontuado com 97 pontos SCAA esse lote La Esmeralda, dizendo que reconhecia as características sensoriais da variedade gueisha.

Bem, no dia 29 de maio último, quando se realizou o leilão via internet com a infra-estrutura e apoio da SCAA, o lote campeão, La Esmeralda Especial, foi arrematado por nada mais, nada menos  que estonteantes USD 130 per-pound, o que equivale a USD 17,196 por 60 kg (R$ 32.845,00 por saca de 60 kg)!

É o pode valer La Esmeralda…

Um novo Juan Valdez

Daniel Kondo

A Colômbia, através de sua poderosa Federación Nacional de Cafeteros de Colombia, mantém uma das mais duradouras campanhas de marketing utilizando um personagem vivo que se tem notícia, talvez apenas suplantada pelo nosso famoso ”Garoto Bom Bril”, interpretado pelo ator Carlos Moreno, que está registrada no Guiness Book como a mais longa do gênero.

Estou me referindo ao Juan Valdez, ícone do Café de Colômbia, personagem que foi idealizado em 1981 e que, junto com o seu burrico, personifica o típico cafeicultor colombiano, com o indefectível ponche com listas coloridas e um largo sombrero.

Como não poderia deixar de acontecer, o personagem mantém sua imagem intacta, porém os atores que o personificam acabam sentindo o peso do tempo.

No ano passado, a Federación promoveu um concurso entre os cafeteros, expressão que significa cafeicultor, para escolher aquele que passaria a ser o novo rosto de Juan Valdez.

O escolhido foi o cafetero Carlos Castañeda (coincidência com o famoso escritor brasileiro que viveu na Califórnia, USA, e escreveu best-sellers como “A Erva do Diabo” a partir de histórias fantásticas criadas em torno do peiote, um cacto que produz um dos mais potentes alucinógenos naturais), produtor da região de Antioquia, próximo aos Andes. Carlos, que vem de uma família que cultiva o café a mais de 3 gerações, representa perfeitamente a alma do cafetero de Colombia.

Numa estratégia genial, durante a 25ª Feira e Conferência da SCAA – Specialty Coffee Association of America, ocorrida em Long Beach, CA, neste início de maio, a Federación, que está comemorando 80 anos de fundação, levou este simpático personagem para um ousado teste de popularidade.

Em seu estande no pavilhão de exposições, a Federación criou um corredor onde, através de gráficos e fotos, mostrava a sua história e a evolução do conceito “Café de Colombia”. Na entrada, estava, nada mais, nada menos, Juan Valdez recepcionando a todos e, principalmente, fazendo questão de tirar fotos de “recuerdo”.

As enormes filas indicavam o grau de popularidade que este personagem possui, pois praticamente todos fizeram questão de “sacar un foto” do amigo Juan Valdez…

Ousadias como esta criam memória em quem presencia…

Como não poderia deixar de acontecer, eu, seu Coffee Traveler, também tirei a minha!

Don Tucker: Opera & Fine Coffees

Daniel Kondo

No post anterior comentei que a cidade de Portland é muito conhecida pelas suas imponentes pontes que atravessam o Rio Columbia.

A partir desse nome, em 1990 foi fundada a indústria de torrefação Bridgetown Coffee e que é uma das ativas da região por Donald Jensen e sua esposa Sue, de quem farei comentários numa outra oportunidade.

A Bridgetown se destaca pelo ambiente absolutamente acolhedor e família, devido ao grande coração do casal Jensen. Mas, pelo espírito irriquieto e aberto de ambos, pessoas interessantíssimas fazem parte do Big Team da Bridgetown Coffee.

Nesta foto tirada na frente da sede da indústria, a partir da direita, eu, seu Coffee Traveler, Toom Finneran, responsável pela área comercial, Mr. Don Jensen e os seus jovens pupilos da área de torração de café.

Mas, há uma pessoa em especial que dá um toque elegante no que acontece na Bridgetown Coffee: Mr. Don Tucker.

Aqui ele está em seu momento “cigarette”, num dos disputados bancos em frente à Bridgetown Coffee, que fica na área industrial da cidade.

Donald Tucker é uma pessoa que surpreende pelas coisas que já fez e que gosta.

Amante da música erudita, ele definiu que na área administrativa da empresa somente são ouvidas, ao fundo, belíssimas sonatas e sinfonias, em contraponto com a pequena cafeteria que existe logo na entrada da sede, onde a música predominante é o rock dos anos 60 e 70.

Outra faceta quase que desconhecida: Don Tucker foi cantor de ópera!

Incrível, não?

O mundo do café tem personagens pra lá de interessantes, em todos os lugares!