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São Paulo

The Coffee Traveler by Ensei Neto

CIÊNCIA

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SLAYER: A “Matadora” em Ação

Thiago Sousa

Comentei anteriormente sobre algumas das boas “sacadas” da Slayer, uma máquina de espresso que já está se tornando o novo sonho de consumo de muitos baristas. Agora, é o momento de ver essa “Matadora” em ação…

Captei as imagens deste vídeo durante o SCAA – Specialty Coffee Association of America Show de 2009, que aconteceu em Atlanta, GA. Como ocorre bienalmente, o WBC – World Barista Championship dividiu espaço com esta que é a mais importante feira de cafés, principalmente de cafés especiais. Dessa forma, o lançamento internacional da Slayer não poderia ter sido em melhor momento!

Veja o vídeo a seguir:

SCAA Show 2010, Anaheim, California

Thiago Sousa

Começou neste dia 16 a 22ª Feira da SCAA – Specialty Coffee Association of America, retornando a Anaheim, CA.

A SCAA, que introduziu o conceito de Cafés Especiais no mundo, foi fundada em 1982 por um grupo de industriais e comerciantes apaixonados por café durante o momento de grande estagnação desse mercado nos Estados Unidos. Naquela época o café vinha perdendo espaço para outra bebidas como os refrigerantes, os energéticos e até mesmo as águas, de forma que sua fundação foi uma resposta dos apaixonados pelo café aos novos tempos.

O termo Specialty Coffee foi cunhado pela sempre 1ª Dama dos Cafés Especiais, a carismática Sra. Erna Knutsen, de San Francisco, para expressar o conceito de relacionamento e de especialidade que excelentes cafés podem sugerir ao consumidor. Graças a esse grupo de visionários, hoje o café se tornou uma bebida vibrantemente jovem, representada por descolados baristas, degustadores de café, especialistas e mestres de torra de café.

Através de um impressionante modelo de cooperação e voluntariado, a SCAA construiu um bem sucedido protocolo de avaliação sensorial de café baseado em modelo objetivo, quando a qualidade é expressa em pontos. São 10 atributos avaliados, cuja soma total de uma escala decimal  pode chegar a100 pontos SCAA, sendo considerados especiais cafés que alcançam no mínimo 80 pontos SCAA.

Desde 2004, a SCAA mantém um programa de certificação de juízes avaliadores de café, hoje conduzido pela sua entidade filial, CQI – Coffee Quality Institute, cujos profissionais licenciados recebem o título de Q Grader (Avaliador “Q” – Qualidade). Hoje, são mais de 950 Q Graders/SCAA Cupping Judges licenciados em todos o mundo, dos quais 50 no Brasil.

Você pode saber quem são os profissionais certificados G Graders/SCAA Cupping Judges no Brasil na nossa lista de downloads.

Através desse modelo de avaliação objetiva de café, instituiu-se uma linguagem comum entre os fornecedores de café cru e a indústria, tornado as transações comerciais mais transparentes. Ao mesmo tempo, facilitou a criação de competições de qualidade, uma vez que esta pode ser medida. Um dos eventos de maior prestígio é o concurso Coffee of the Year, promovido pela SCAA e conduzido peloRoasters Guild, que é o grupo de trabalho dos Mestres de Torra e profissionais ligados à indústria. Amostras de cafés das diversas entidades nacionais de cafeicultores são enviadas para os coordenadores do Roasters Guild, que avaliam os cafés e que são apresentados, devidamente pontuados e classificados, durante o Show Anual da SCAA.

Como voluntários e porisso sem chance de escolha do tipo de serviço, ficamos o meu grande irmão urso Bruno Souza, da BECCOR, de Portland, OR, e eu, seu Coffee Traveler, servindo o café de San Agustin, Huila, da Colombia no pavilhão do Coffee of the Year!

Sim, essas surpresinhas podem acontecer…

Sendo o maior evento do mercado, muitas empresas procuram fazer lançamentos de produtos, serviços e equipamentos com todo o barulho possível. Assim, o Show tem se tornado uma grande vitrine de produtos, muitos deles cheios de tecnologia e boas idéias.

Contudo, idéias malucas também podem estar presentes na forma de produtos e equipamentos inusitados como a Água na Caixa (Boxed Water)como pode ser vista na primeira foto deste post. Isso mesmo, você não se enganou: estão oferecendo água em embalagem longa vida!!!

E, para mim, o lançamento mais inusitado foi de uma empresa de Taiwan, a Taehwan Automation, especializada em automação industrial, que criou um torrador com o divertido formato de uma locomotiva antiga!

Twist by Mypressi: portable espresso

Thiago Sousa

Saborear um espresso vem se tornando um hábito cada vez mais difundido em todo o mundo. Muitas pessoas não dispensam um intenso curto para equilibrar os sabores de uma bela refeição ou, mesmo, para simplesmente relaxar.

Durante o SCAA Show  em Atlanta, um dosgadgets que mais chamou a atenção do pessoal foi este, denominado de Twist, produzido por uma pequena novíssima empresa de San Jose, California, USA, a Espressi Inc. Seu fundador é Stephen O’ Brien, também criador desta peça.

Assim como a Handpresso, criada por um francês “louco” por café, (veja mais acessando http://coffeetraveler.net/2008/02/08/espresso-a-mao-handpresso/ e, também,), este novo “brinquedinho” tem como missão dar a oportunidade de fazer um espresso em qualquer lugar.

O Twist tem um design futurista, lembrando o perfil da nave do cultuadíssimo filme de Stanley Kubrick2001 – A Space Odissey!

Construido em alumínio polido e policarbonato para aplicação em medicina, tem na sua parte frontal o reservatório de água quente e o porta filtro com saída simples ou dupla. As semiesferas se fecham num movimento semelhante ao de um portafiltro de uma máquina de espresso tradicional, ou seja, através de uma torção, daí o seu nome (twist = torcer).

A manopla tem um pequeno compartimento onde é instalada uma cápsula de óxido nitroso, do mesmo tipo empregado nas cremeiras ISI, sendo a responsável em criar a pressão de 9 bars como nas máquinas normais!

Esta é a sacada genial deste aparelho.

Cada cápsula permite extrair 4 espressos únicos ou 8 duplos.

Segundo Ashley Ennis, responsável pelo estande no SCAA Show, o conceito do Twist surgiu durante a viagem de lua-de-mel que Stephen fez à paradisíaca ilha de Bora Bora. Apesar de todo o encanto natural, da paisagem incrível proporcionada pelas praias, do seu momento especial na sua vida, bateu uma vontade imensa de beber um espresso… mas onde pedir isso no meio da vegetação tropical?

De volta a San Jose, começou a trabalhar neste projeto, que chamou de Mypressi. Ainda não tem o preço final, que somente é fornecido por consulta específica através do link www.mypressi.com .

Veja a seguir o vídeo com a extração destas duas xícaras. OK, não é o ideal, porém se aproxima bastante do desejável. Afinal, é para ter um espresso no meio de uma ilha perdida no oceano…

Marco Brewer: Coffee em grande estilo

Thiago Sousa

Ultimamente tenho conversado muito com pessoas que consideram que o mercado de café não tem limites e a conclusão é …porque a criatividade das pessoas deste “saboroso mundo” é, simplesmente, movida à cafeína!

Um dos serviços que ainda “não” foi devidamente descoberto pelos brasileiros é o do café preparado em French Press. Digo que ainda não foi descoberto porque ainda são poucos locais onde oferecem este serviço, além de que recentemente ficou mais fácil de encontrar essas cafeteiras no Brasil.

Como já comentei no post “Sutilezas com a French Press”, esta forma de preparo permite que notas muito delicadas de sabores possam ser encontrados pelo fato de não empregar alta pressão. Outro detalhe é o fato de que se aproxima muito do método que empregamos para fazer a avaliação sensorial de café. 

Você pode acessar o post através deste link: (http://coffeetraveler.net/2009/03/22/sutilezas-com-a-french-press/).

O serviço da French Press, assim como qualquer outro para o preparo do café, precisa dos seguintes elementos fundamentais: um café legal (o seu predileto, por exemplo), água de boa qualidade na temperatura ideal, um bom equipamento ou utensílio e, por fim, ”quem vai preparar”.

Durante o SCAA Show em Atlanta, que aconteceu de 15 a 19 deste mês, um dos balcões mais visitados na área de Coffee Services foi onde estava instalada um aquecedor inteligente fabricado pelaMarco Beverage Systems, do Reino Unido.

Na primeira foto é possível ver o belíssimo design executado em aço inox polido do top do sistema de aquecimento de água que estava em lançamento. Observe que sob a saída de água há uma placa que se comporta como o tampo de uma balança, enquanto que os controles e displays ficam ao lado.  Depois de selecionar o volume e até a vazão, sendo que sensores e controles eletro-eletrônicos farão o trabalho de verter a águaem qualquer vasilha que estiver sobre a balança com toda a precisão.

A temperatura da água tem variação quase desprezível, chegando a meros décimos de grau centígrado!

Quando visitei o balcão, era a Cristiana Azevedo, do Café do Moço, RJ, que estava como a barista de plantão.

Ela preparou um café produzido pela Daterra, importante produtor de cafés especiais do Brasil que possui fazendas na Mogiana, SP, e no Cerrado, MG, cujo explêndido trabalho comentarei num próximo post.

O recipiente de French Press era em aço inox, modelo comercializado pela Marco  e que aparece na segunda foto, com inesperadas formas arredondadas, até barrigudinha…

Cristiana teve todo o cuidado para executar todos os passos e, ao final, o café estava muito bom.

Um aroma delicado a caramelo e amêndoas foi a chamada para um café encorpado, com um belíssimo equilíbrio entre o adocicado sabor a praliné, mediana acidez cítrica a laranja e o corpo aveludado, cuja textura ficou mais marcante pelo tipo de serviço.

Você pode saber mais sobre os equipamentos da Marco Brewer Systems através do linkhttp://www.marco-bev.co.uk/index.html.