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São Paulo

The Coffee Traveler by Ensei Neto

MERCADO

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EU ADORO PINGADO: Empório Primmo Caffè, Curitiba, PR.

Thiago Sousa

Em Curitiba, PR, tem cafeteria que já aderiu ao Projeto EU ADORO PINGADO.

A cafeteria do Empório Primmo Caffè resultou de um trabalho feito sob consultoria da Companheira de Viagem Ana Argenta, de Curitiba também, oferecendo além de itens obrigatórios como o Espresso e o Cappuccino, apresenta uma versão moderna do Pingado.

O cardápio, que está ao lado, dá um belo destaque para o nosso querido Pingado.

Esta nova casa, que trabalha com cafés de marcas conhecidas do mercado, fica no piso térreo de um shopping center, apresentando umconvidativo ambiente que combina madeira escura com um vibrante alaranjado.

Anote o endereço:

EMPÓRIO PRIMMO CAFFÈ

Park Shopping Barigui

Rua Professor Pedro Viriato Parigot de Souza, 600 - Piso 1.

Bairro Mossunguê, Curitiba, PR

Contato: 41-3317-6466 

EU ADORO PINGADO: Ateliê do Grão, Goiânia, GO.

Thiago Sousa

A tecnologia tornou o mundo mais próximo, muito menor, ao mesmo tempo em que fez as pessoas se tornarem multitarefas. Já percebeu como fazemos diversas coisas ao mesmo tempo ?

Nossa percepção do tempo mudou, pois tudo hoje é mais acelerado. Por vezes temos a impressão de que uma hora não tem os tão apregoados 60 minutos…

É o tal do ”bit” acelerado!

Nessa correria toda, precisamos de ter um período dedesaceleração, sim, para que possamos fazer nossa percepção das coisas se aprumar. A alta velocidade entorpece nossos sentidos, tornando-nos automatizados. Na forma de resposta à vida atribulada, um movimento começou a ganhar espaço, conhecido por Comfort Food. A idéia central desse movimento é o de resgatar e valorizar os momentos de nossa alimentação, fazendo uma recondução a um ambiente de aconchego. É como se por instantes estivéssemos buscando o colo da vó ou da mamãe e, numa atmosfera amorosa e calma, nos deliciássemos com comidinhas de muito afeto.Quando no ano passado iniciamos o Projeto EU ADORO PINGADO, com grande apoio do PALADARdo jornal O Estado de São Paulo, a intenção era de fazer, inicialmente, o resgate e valorização de um dos ícones da cultura brasileira, o Pingado, assim como mostrar a importância de se ter uma atmosfera de aconchego para um dos mais frugrais prazeres da vida!

O projeto ganhou corpo e passou a contar com a participação não apenas das tradicionais padarias com sua atmosfera impregnada pelo intenso aroma de pão recém-assado, mas também modernas cafeterias com seus serviços diferenciados.

A partir de agora, apresentaremos casas que abraçaram o Projeto, seus serviços e gostosuras para referência e orientação para uma futura visita. E vamos começar pela cafeteria mais high tech da América Latina: o Ateliê do Grão, de Goiânia, GO.

Imagine o que há de mais moderno e high tech em termos de máquina de espresso. Não apenas um design que seja primoroso, mas, também, conceitos e tecnologia inovadores. Assim é a Slayer, fantástica máquina produzida na sempre surpreendente Seattle, WA, USA, cuja tradução significa Matadora!

É justamente isso sua natureza… matadora no sentido de criar uma extração de espresso até então impensável. Sua grande virtude está no fato de que o acionando do grupo é feito por um paddle que tem função variável, isto é, que possibilita ao barista modificar o fluxo de água passando pelo “bolo” de grãos moídos de café. Isto é como dar uma, digamos, releitura, em cada extração!!!

Fazendo dupla, posa imponente o moinho Versalab, que possui dois sistemas de mós, cônicos e planos, inédito. Com identidade retrô, seu acionamento é feito por sistema de correia como nos antigos toca-discos!

Vale um post em outra oportunidade!

O Ateliê do Grão combina um ambiente moderno e aconchegante com sofisticada tecnologia dos equipamentos, além do muito simpático atendimento, liderado pelo sempre alto astral Rodrigo Menezes, um dos sócios da casa. Para completar, uma espertíssima seleção de origens de café, leite orgânico de gado jersei e entre as gostosuras, um imperdível Pão na Chapa e a irresistível Canoa!

 ATELIÊ DO GRÃO – Rua 36, 354, Setor Marista, Goiânia, GO.

Fone: 62-3226-0101. E-mail: contato@ateliedograo.com.br

Eu Adoro Pingado – PALADAR

Thiago Sousa

O caderno PALADAR, o jornal O Estado de São Paulo, dedicou sua edição do dia 27 de maio ao PINGADO.

Colocar todo o time de repórteres e fotógrafos a campo para destilar o máximo de informações, história, estórias e imagens dessa bebida tipicamente brasileira foi um ato no mínimo desafiador, final, estamos num tempo em que as cafeterias ganharam espaço como “Templos do Café” substituindo as anteriores “Rainhas do Pedaço”, as padarias.

O instinto investigativo desse time produziu textos surpreendentes e trazendo à tona personagens e equipamentos que estariam distantes do grande público…. ou não!

A capa do caderno, que é um primor de criatividade, usa a letra de um delicioso samba para sugerir o show que vem a seguir.

Um dicionário visual do Pingado, com as sutis variações de tons de marron criados pela combinação do café com o leite, é obra genial, que você pode conferir através deste link: http://www.estadao.com.br/noticias/suplementos+paladar,tipos-de-pingado,3782,0.shtm >

Falar de traumas de não beber Pingado, apesar de ter superado o de comer fígado de boi, escrito pelaCompanheira de Viagem Janaína Fidalgo, faz parte de um grupo de relatos divertidos, bem como aquele da Patrícia Ferraz, sobre sua experiência de pedir um Pingado trés chic na boutique daNespresso em São Paulo.

Mas, certamente, ver o relato da Trilha do Pingado foi a parte mais emocionante para mim.

Ver a dupla mais amada e pedida para um Café da Manhã, Pingado e Pão na Chapa, em padarias como a Santa Tereza, Palma de Ouro e a Aracaju, era de impressionar, comprovando dados apresentados pelaABIC – Associação Brasileira da Indústria do Café referentes ao consumo de café no Brasil. Dos brasileiros com mais de 16 anos, 97% declararam que bebem café. Certamente, um número tão expressivo quanto esse deve ser o de brasileiros que tomam café e pedem em sua padaria preferida a Super Dupla Dinâmica, Pingado & Pão na Chapa!

Havia comentado de que há um interessante movimento de inversão de serviços entre as padarias e cafeterias. Mais e mais padarias vem trocando suas tradicionais cafeteiras de coador de pano por máquinas de espresso. Poucas são as que ainda mantém uma Monarca ou Imperador em destaque no balcão, como é o caso da Santa Tereza, na Praça João Mendes, no Centro de São Paulo.

No entanto, as cafeterias passaram a oferecer o Cafezinho tradicionalmente passado em coador de algodão, como é o caso da Santa Sophia, em Belo Horizonte, que oferece este serviço há mais de 5 anos, e o Octávio, em São Paulo. Que, caso o cliente quiser, pode pedir o leite para compor uma das variações do Pingado. Pode-se dizer que a ousadia destas casas está em resgatar um serviço que mesmo nas residências está sendo gradativamente substituído pelo filtro de papel.

No link a seguir veja as outras matérias bacanas dessa edição do Paladar dedicada ao Pingado:

http://www.estadao.com.br/noticias/suplementos+paladar,na-santa-tereza–o-tradicional–de-cafe-coado–ganhou-elogios,3780,0.shtm

EU ADORO PINGADO!

Thiago Sousa

Você conhece bebida matinal mais brasileira do que o Pingado?

Já comentei que eu não gostava de café até passar pela experiência de conduzir uma lavoura, em Paracatu, Cerrado Mineiro. Sempre me vinha à memória sensorial um aroma que me incomodava, tipicamente medicinal, que mais tarde descobri que era de grãos estragados e aquela era a bebida rio. No entanto, quando ía para a escola, para aumentar a coragem de enfrentar as frias manhãs paulistanas, minha mãe quase sempre preparava um pingado para mim

. A combinação era muito boa, pois meu pai era muito amigo do pessoal do extinto Café Seleto (que tinha um jingleinesquecivelmente genial!), daí ser o escolhido. O leite vinha naquelas garrafas de vidro, entregues em todo raiar do dia. Sempre pedi para adicionar o leite frio, pois achava divertido os desenhos que se formavam.

E quanto ao sabor… sim, aquilo “passeava” na minha boca, era fantástico!

Quando os dias mais frios chegavam, em fins de maio e junho, havia outra bebida incrível como opção: a gemada. Com direito a um toque de Martini Rosso! Bem, mas isso é para um outro post

Dias atrás presenciei algo que definitivamente me chamou a atenção: numa padaria um menino (devia ter uns 9 para 10 anos) pedindo pingado para o seu pai. ”Nossa”, pensei comigo, “que coisa bacana!”

Muitas vezes, matutando para criar novos conceitos que venham a estimular o consumo de café, acabamos não vendo que as respostas muitas vezes estão debaixo no nosso nariz… Aí veio o “estalo”: é isso!

 Conversei com amigos e vi que havia a possibilidade de criar um movimento de livre adesão, que poderia ser muito dinâmico e divertido, envolvendo toda a cadeia do café. Simplesmente um movimento.

O Companheiro de Viagem Rodrigo Greco, designer talentosíssimo de BH, se propôs a criar a logomarca oficial, que está em alta resolução em downloads para quem quiser reproduzir e usar abusadamente. Donos de cafeterias, o pessoal da indústria de torrefação e muita gente está acreditando nesta idéia. O apoio daABIC está sendo importantíssimo.

Ultimamente, tenho observado um interessante movimento de inversão de serviços entre padarias e cafeterias.

As padarias tradicionalmente no Brasil eram nossas “cafeterias”. Ainda que servindo durante décadas o prosaico Cafezinho, outro ícone brasileiro, em tradicionais copos de vidro que podiam ao final da tarde dar lugar a uma boa cachaça, este foi o local onde milhões fizeram seu típico Café da Manhã, acompanhado do inseparávelPão na Chapa, quase sempre perfumado com uma deliciosa manteiga, ou uma pausa durante o dia para simplesmente tomar um Puro (ou Preto) ou um Pingado. Até então, sempre ocupando lugar de destaque no balcão, posava orgulhosa uma cafeteira de “coadorzão” Imperial ou Monarca. Ao lado, um aquecedor do tipo banho maria mantinha aquecido o leite para a mistura preferida. Num perfeito serviço de relacionamento, aos tradicionais clientes “loucos” por Cafezinho, os balconistas lhe chamavam pelo nome, às vezes adicionando um título imaginário de “doutor”, e perguntado se seria “o de sempre”. A recíproca é verdadeira: muitos clientes tradicionais chamam os balconistas pelo nome!

Esta é a magia que envolve o serviço nas padarias.

Ultimamente, máquinas de espresso vem ocupando nas padarias o espaço de destaque que antes eram das cafeteiras, e até o balconista passou a ser chamado de barista. O ritual mudou: agora tudo começa pela moagem dos grãos, enche-se o porta filtro, é feita a extração e … o café expresso está pronto!

Para quem não gosta do sabor concentrado doespresso, pode pedir  um Carioca, que recebe dose adicional de água quente.

Pingado? Bem, tem a Média, que é a irmã gêmea do Pingado… e que pode ser Média Clara (a clássica, meio a meio café e leite) ou Média Escura (com menos leite). Hoje em dia o leite é vaporizado usando-se a caldeira da máquina de espresso. O “colchão” cremoso foi o ganho dado pelo novo jeito de preparar o leite.

Na Trilha do Pingado que fiz no último sábado com aCompanheira de Viagem Cíntia Bertolino, tive a oportunidade de reviver grandes experiências, inclusive a de novamente entrar naPadaria Santa Tereza, na Praça João Mendes, atrás da Catedral da Sé.

Ela é a padaria mais antiga de São Paulo, pois abriu suas portas em 1872, e mantém a atmosfera típica. Movimentadíssima durante a semana, pois fica ao lado do Fórum de São Paulo, serve o Pingado e sua irmã, a Média, magistralmente. Fui surpreendido por um Cafezinho muito bem preparado, classicamente feito no coador de pano e servido cuidadosamente pelo Bruno Brasil. Simpaticíssimo, ele disse sero responsável pelo preparo do Cafezinho e perguntou a cada um de nós, antes de servir, como gostaríamos.

Merece, por isso,  Nota 10 no quesito Serviço!

E com um nome desse, melhor ainda!

Por isso, posso dizer que vale pena experimentar o Pingado da Padaria Santa Tereza!

E Viva o Pingado!