Contact Us

Use o formulário à direita para nos contactar.


São Paulo

The Coffee Traveler by Ensei Neto

MERCADO

Specialty Coffee Market & Doug Zell

Thiago Sousa

Os cafés especiais mudaram o mercado de cafe.

Simplesmente…

Novos conceitos, paradigmas quebrados e, principalmente, muita contra-cultura.

Obviamente, o mercado comum continua, o chamado mercado comoditizado, dominado pelas grandes casas de comercio internacional. Mas que, definitivamente, novos ares ventilam no mercado de cafe, isso eh inegável.

Dentre as pessoas que fazem parte desse incrível universo que esta se expandindo vertiginosamente gostaria de comentar sobre o Douglas Zell, de Chicago.

Doug Zell, como eh mais conhecido, iniciou sua carreira como barista e hoje eh o dono de uma das mais importantes empresas de cafeh torrado desse segmento, o Intelligentsia Coffee & Tea.

Muito ativo, criativo e incansável na busca de novas origens, ele acredita que o futuro jah chegou no mercado dos Cafés Especiais.

Veja a seguir um rápido depoimento sobre o como Doug enxerga o mercado de Cafés Especiais:

Cidades Polo de Café 1 Manhuaçu-MG

Thiago Sousa

O café é plantado no Brasil numa ampla faixa de latitude, que sai dos 13° Sul, no Oeste da Bahia, até o Trópico de Capricórnio, em São Paulo e Paraná.

Importantes e tradicionais origens produtoras estão nessa faixa, sendo que cada qual tem uma cidade-polo, isto é, uma cidade que acaba concentrando o comércio de café de uma dada região.

As lavouras de café, como plantas perenes e (não se esqueçam!) frutíferas, recebem tratamentos praticamente durante todo o ano como adubações, aplicações de defensivos contra pragas e doenças, entre outros.

Para que todas essas operações aconteçam em tempo certo, a cafeicultura, digamos assim, acaba criando uma ampla teia de serviços e venda de produtos em cada região. Por exemplo, casas especializadas em venda de adubos e defensivos podem ser vistas nas principais cidades, bem como outras que vendem máquinas e equipamentos.

E como não poderia deixar de acontecer, se existe a venda de máquinas e equipamentos novos, oficinas para consertos e reparos de usados acabam surgindo também.

É por isso que uma cultura perene como o café acaba criando muita riqueza nas regiões onde se instala, pois diversas oportunidades de negócios são criadas.

Mecânicos especializados, técnicos em manutenção de diversas máquinas e serviços agronômicos também fazem parte desse movimentado universo.

Já na ponta do comércio de café, que como país produtor, o Brasil possui diversas cidades onde núcleos comerciais estão instalados.

O comércio de café cru, também chamado de “café verde” (green coffee em inglês), envolve uma série de empresas e serviços como armazéns, empresas que fazem a seleção e preparo do café para exportação, e as exportadoras propriamente ditas.

Nas chamadas cidades-polo de café normalmente são encontradas as principais casas exportadoras de café, muitas das quais são poderosas empresas globais que mantém escritórios e representações em todo o mundo.

Veja na foto a seguir uma vista de escritórios de exportadores em Manhuaçu, na região das Matas de Minas, em Minas Gerais:

Essas empresas são responsáveis pelo escoamento do café verde brasileiro para os principais países consumidores na Europa, América do Norte e Ásia.

Normalmente mantém uma equipe técnica que faz a avaliação dos lotes que estão sob compra, além do pessoal especializado em logística e comercialização. Estes são os responsáveis para que os pedidos de seus clientes sejam atendidos corretamente, seja quanto ao tipo e padronização do café, seja na quantidade, que é expressasacas de café de 60 kg.

Uma das maiores empresas globais no comércio de café é a EISA, que faz parte do Grupo ECOM, presente em praticamente todos os países produtores de café.

Como não poderia deixar de ser, mantém escritórios nas principais cidades-polo de café do Brasil, como em Manhuaçu.

Aqui o gerente geral é o Carlos Alberto Barbeto, o Beto, que é um genuíno português de Angola!

Muito simpático e prestativo, Beto é figura muito conhecida nessa praça e nesta foto está ao lado do Sérgio D´Alessandro, que é produtor em Manhumirim e diretor da SCAMG -Specialty Coffee Association of Minas Gerais.

Ao lado de ambos está um belo trabalho da esposa do Beto, Noemi, que é artista plástica e, aproveitando todo o ambiente cafeeiro de Manhuaçu, cria obras de arte com materiais típicos da cafeicultura como grãos de café e sacaria de café, entre outros.

Para se ter uma idéia, por Manhuaçu passam anualmente algo como 3,5 a 4 milhões de sacas de café, concentrando boa parte da produção de café das Matas de Minas, que acabam seguindo para muitos destinos dos Cafés do Brasil no exterior.

Mr. Don Jensen Duck´s

Thiago Sousa

Uma das figuras mais carismáticas da Specialty Coffee Industry do Estado do Oregon, USA, é sem dúvida Mr. Donald Jensen ou, simplesmente, como ele gosta, Mr. Don.

Com uma história riquíssima, com passagens inclusive como militar condecorado, amante de pescarias de trutas e salmão das cristalinas águas do Columbia River, ao estilo flying fishing, antes de tudo duas paixões movem Mr.Don Jensen: o café e o seu time do coração, o Duck´s.

No café, sua história remonta aproximadamente 30 anos, tendo como referência diversas marcas criadas e que fazem parte da história do café na região. O que levou Mr. Don ao café foi justamente sua paixão pela gastronomia e bebidas.

Com um paladar apurado e refinado, introduziu diferentes linhas de produtos de sua principal indústria, a Bridgetown Coffee Co., que de uma simples torrefação de café, hoje distribui e faz a manutenção de diversos tipos de máquinas de café, como as tradicionais para o serviço Brewed Coffee, que é o tradicional American Coffee ou simplesmente Coffee, e as para o serviço de espresso, além de um completo serviço de suporte na área de catering.

O nome escolhido, Bridgetown, cuja tradução é “Cidade das Pontes”, é uma homenagem à cidade de Portland, que recebe este nome devido às suas 9 belíssimas pontes que interligam a cidade.

Também, diversas marcas e base de franquias de cafeterias foram desenvolvidas, das quais uma que é das minhas favoritas é esta, “Aroma Coffee”, na foto ao lado.

Dentre as linhas de produtos que sua empresa oferece, uma das mais interessantes é a de temperos orientais, principalmente aqueles contendo cravo, canela e aniz, por exemplo.

A área onde esses temperos são preparados é, como ele diz, sua “Sala de Inspiração”…

O café é o seu carro-chefe e o espresso, sem dúvida, um de seus focos principais. Mr.Don Jensen  sempre procura por cafés brasileiros porque ele adora os tons achocolatados e toques de caramelo típicos, base para seus interessantíssimosblends com  origens africanas e do sudeste asiático.

E na cafeteria Bridgetown, espressos muito bem extraídos são servidos num ambiente agradável, ao som de muito rock dos anos 60 e blues.

A carta de serviços é extensa, mas recomedáveis são os lattès e o “Café do Dia”, sempre sob a inspiração do divertido Mr. Don.

É como um “menu confiance” no café!

Uma boa surpresa nos é reservada todos os dias…

Embalagem comunicação Wrapping The Beans

Thiago Sousa

A embalagem, segundo os especialistas em Marketing, tem papel muito importante na fase de comercialização de qualquer produto.

Dentre as funções que a embalagem pode desempenhar, certamente estas são as mais importantes: proteger e manter a integridade do produto, ser uma fonte de informações sobre o produto, transmitir Valor do Produto ou Marca, chamar a atenção do consumidor e auxiliar na persuasão.

Ufa! É um monte de coisa, não?

Com o café, obviamente, não é diferente. Mas, aqui abordarei sobre a comercialização do café cru, também chamado de ”café verde” (green coffee).

O material mais empregado para embalar o café é o saco feito em juta. O Brasil utiliza um tamanho para acomodar 60 kg líquidos, porém cada país pode adotar diferentes medidas, como 69 kg ou 70 kg, como ocorre em algumas origens da América Central, a até 45 kg (ou 100 libras-peso), com o café de Kona, Hawaii, USA. 

Surpresa?

Sim, os Estados Unidos da América também produz café… apesar de não ser em seu território continental!

Veja, agora, alguns exemplos de sacos de café de diferentes origens:

Esta é a sacaria da Carmen Estate, de El Salvador.

Observe informações como o número de lote que estão estampadas abaixo da logomarca.

Da India vem esta sacaria em tamanho especial. Por se tratar de um café de alto valor agregado, há o requinte de colocá-lo em sacos menores, de 10 kg, para facilitar o manuseio nas pequenas torrefações de cafés especiais.

E, finalmente, uma saca de café da Serra da Mantiqueira, com a logomarca da APROCAM, que é a associação que é responsável pela organização dessa micro-região que hoje é reconhecida como uma das mais importantes do Brasil quando se comenta sobre qualidade. Estas sacas fazem parte do lote que foi arrematado pelo preço recorde de US$ 49.75 por libra-peso, que corresponde a incríveisUS$6,580 por 60 kg !

O Companheiro de Viagem, Francisco Isidro Pereira, produtor desse fantástico café, posa orgulhoso ao lado do lote.

The packing, according to the Marketing experts, has very important function in the commercialization phase of any product. 
 
Among the functions that the packing can carry out, certainly these are the most important: to protect and to maintain the integrity of the product, to be a source of information on the product, to transmit Value of the Product and to attract the consumer’s attention. 
 
Wow! It is a lot of things! 
 
In the coffee market, obviously, this is not different. But, here I will comment just about the green coffee case. 
 
The most employed material to wrap the coffee is the bag done in jute. In Brazil the producers use bags of 60 kg net, however each country adopts different ones, as 69 or 70 kg net, as it happens in some origins in Central America, or 45 kg net (or 100 pound-weight), case of Kona Coffee from Hawaii, USA.  
 
Surprised? 
 
Yes, the United States of America also produce coffee… in spite of not being in its continental territory! 
 
Now, some examples of bags from different origins: 
 
The fist picture shows a bag of Carmen Estate, from El Salvador. 
 
Look the informations as the lot number printed below the logo. 
 
From India a bag in special size. This coffee, Bibi Plantation, has very high price and as a refinement the beans are in small bags of 10 kg net to facilitate the handling in the roasting plants of specialty coffees. 
 
And, finally, a bag from Mantiqueira Range with the APROCAM’s logo.

APROCAM is the association that coordinates the coffee producers whose micro-region is recognized as one of the most important Brazilian Origins. These bags are part of the lot that got the record price of US$ 49.75 per pound or incredible US$6,580 for 60 kg net in 2006! 
 
My Companion of Trip, Francisco Isidro Pereira who produced this fantastic coffee, poses proud beside the lot.

Um novo estilo de café de coador

Thiago Sousa

O preparo de café pelo sistema de coador, que no Brasil recebe o nome de “cafezinho” e em outros países, simplesmente “coffee”, é, sem dúvida, o mais tradicional existente no mercado.

Do coador de algodão, que ainda é possível vê-lo em uso no interior ou em alguns tradicionais “botecos” servindo o cafezinho nos indefectíveis copos de vidro de fundo grosso e mesmo nas repartições públicas, ao coador de papel, que é hoje o sistema mais difundido nas residências, o processo possui basicamente o mesmo conceito: extrair com água quente as substâncias aromáticas responsáveis pelas delicadas notas de aroma e sabor que um delicioso café pode apresentar.

Na realidade, há uma grande diferença se você preparar o café dissolvendo o pó de café na água fervente ou passar a água no pó que está no coador.

Já comentei anteriormente que ao se preparar o café, você também está fazendo a extração da… cafeína! Isso ocorre porque a cafeína, quando o processo empregado é com água, tem sua extração mais eficiente se ficar em contato com a água por mais tempo. Quanto maior o tempo de contato, maior a eficiência na extração, ou seja, mais cafeína é extraída do pó.

No modo  tradicional do Brasil de preparar o cafezinho, o pó é dissolvido na água fervente para, então ser despejado num filtro de papel sobreposto a um jarro. Normalmente, as torrefações brasileiras empregam uma moagem bastante fina para que a extração dos componentes do café, principalmente da cafeína, seja o maior possível.

É um princípio básico da química: quanto maior a área de contato, mais eficiente é a extração.

Por isso, no final, o sabor do cafezinho feito dessa forma tem o amargor tipo jiló, que é o típico da cafeína, muito presente.

Quando você coloca o pó num coador de papel, por exemplo, e verte em seguida a água, você consegue eliminar boa parte desse amargor ao não fazer passar totalmente a água pelo filtro com o pó.

Ou seja, se você deixar um pouco do pó com água no filtro e bebê-lo separado do café inicialmente extraído, será possível perceber quão mais amargo é o café extraído em sua fase final!

Portanto, o outro café, será muito mais agradável de se beber.

Recentemente foi lançado um tipo de conjunto coador-jarro que é uma variante elegante do conjunto introduzido pela indústria alemã Melitta, cujo nome comercial é CHEMEX (pronuncia-se “que-meqs”).

O jarro, feito em vidro refratária, é muito elegante, cujas formas lembram o clássico recipiente de nome erlenmeyer, que é muito empregado nos laboratórios químicos. Uma pequena peça em madeira, que é aplicada no gargalo do jarro, com acabamento feito com uma tira de couro, dá o toque final.

O filtro nada mais é do que um papel filtro em formato quadrado, que o consumidor terá de dobrar com toda a maestria para conseguir formar o devido funil.

O efeito estético final é muito bom, conferindo muita elegância ao serviço.

É uma peça que recomendo!

Divertidos: mais charges

Thiago Sousa

Estas duas charges que apresento a seguir estão no website www.cofei.com, também dirigido aos “loucos” por café e que vale uma visita.

A primeira faz uma divertida alusão à cafeína e a segunda ao tratamento que os degustadores “loucos” por café dão aos seus instrumentos de trabalho…

coffee_fun1.JPG

Antes e Depois (da cafeína) 

“- Colher.

- Colher.”

O bom efeito de um grande concurso

Thiago Sousa

O café foi a cultura que mais promoveu o desenvolvimento em nosso país, dada sua característica de envolver mão de obra intensiva e necessitar de boa infra-estrutura para o escoamento da produção.

O Estado de São Paulo é um exemplo típico, pois a malha ferroviária, que perdeu lugar para o foco rodoviário que o Governo JK imprimiu na década de 1950, integrou e abriu as portas para as riquezas que o café pode proporcionar em quase todas as suas regiões. Os nomes como Mogiana, Alta Paulista, Noreste e Sorocabana representavam não apenas essas origens produtoras de café, mas, também, das importantes linhas ferroviárias.

A Alta Sorocabana, cujos municípios fazem divisa com o Estado do Paraná, foi responsável por grande produção de café genuinamente paulista, mas que no último quarto do Século XX, devido às grandes geadas que ocorreram nos anos 70 e 90, conheceu o seu declínio.

Piraju é a cidade de referência, hoje, para essa importante região, que ainda possui aproximadamente 25.000 hectares de café em produção distribuidas em municípios de nomes tipicamente indígenas como Tejupá, Sarutaiá e Timburi. Com a grande represa de Jurumirim nas proximidades, há também uma vocação para o turismo na região.

Piraju, que em tupi-guarani significa “Peixe Amarelo” ou o famoso dourado, teve sua fundação por volta de 1850, e já em pleno Século XX passou a fazer parte da linha férrea da Alta Sorocabana.

Sendo o dourado o símbolo da cidade, pois ele é um peixe muito comum nos grandes rios da região, seu formato está presente nas placas de rua da área central de Piraju, como pode ser visto nesta foto.

As lavouras de café ficam distribuidas nas áreas mais elevadas, com altitude entre 800 m e 1100 m. É importante observar que esta origem de café está muito próxima ao Trópico de Capricórnio, portanto a mais de 23° de Latitude Sul.

No final dos anos 90, alguns produtores fundaram a PROCED, que é a associação que abrigou aqueles que estavam se iniciando no processo de CD – Cereja Descascada (PROCED – Associação dos Produtores de Cereja Descascada de Piraju e Região). Devido ao fato da topografia de montanha, a umidade durante o período de colheita é muito alta, justificando a escolha do processo de pós-colheita adotada pelos cafeicultores.

A descoberta de que cafés de alta qualidade podiam ser produzidos ali, estimulou a outros produtores a adotarem o processo de descascamento e logo interessantes resultados vieram.

Talvez o mais notável foi a conquista da primeira colocação no Concurso de Qualidade para Espresso promovido pela empresa italiana illycaffè,  responsável pela introdução do conceito de Café de Relacionamento entre os produtores brasileiros.

Em 2001, Waldomiro Nicolau Ferreira teve seu lote de café como o melhor do concurso, fazendo juz ao belíssimo troféu que é uma xícara illy dourada com um cofre articulado de madeira.

Nesta foto, Antônio “Toninho” Ferreira, irmão de Waldomiro, nos mostra, orgulhosamente, o troféu de campeão de 2001.

Donos de supermercado, resolveram dar impulso a um outro sonho: criar um espaço para o café na pequena Piraju.

Numa loja moderna, Waldomiro e Toninho montaram uma elegante cafeteria, com um bom serviço de espresso com grãos de produção própria.

Um círculo virtuoso foi criado a partir do estímulo de um concurso de qualidade que deu início aos inúmeros hoje existentes no Brasil: ao ter sua produção reconhecida pela qualidade, o cafeicultor passa a oferecer um excelente café para os novos consumidores do interior de São Paulo.

Novos consumidores, iniciados com um café e serviço de alto nível, estimulam a produção de excelentes grãos!

Na foto abaixo, da esquerda para a direita, em frente à cafeteria Max Café, Antônio Ferreira, eu, seu Coffee Traveler, Selma Vieira e o agrônomo Emílio Hara:

Inovações Portuguesas

Thiago Sousa

Do sul de Portugal, compilei duas notas no mínimo inusitadas.

Foi lançado neste final de semana, durante a Feira Nacional de Olivicultura, realizada em Campo Maior, Alentejo, região sul de Portugal, uma “conserva de azeitonas com café”.

É isso mesmo: conserva de azeitonas condimentada com café!

Este produto foi desenvolvido pela empresa Azeitonas & Azeite Gralha, de Campo Maior.

Segundo o responsável técnico da empresa, Sr. Mário Bernardo, em sua linha de produtos já existiam conservas de azeitonas com diversos tipos de condimentos, porém, pelo fato da região ter duas importantes empresas de torrefação de café, além da fama dos campos de oliveiras, resolveu-se desenvolver um condimento com adição de café.

O produto deverá estar disponível no mercado até o final deste mês de setembro e, segundo o Sr. Bernardo, além de um paladar diferenciado, sua formulação envolve procedimentos guardados a sete chaves!

Creio que vale experimentar.

Ainda da região meridional de Portugal, agora na pequena cidade de Amora, em Setúbal, completou o primeiro aniversário de funcionamento o Café Cristão da Amora, sob as bençãos da Diocese local.

Com decoração com motivos que lembram a Eucaristia e o Espírito, cada mesa tem como kit básico uma bíblia e um livro de cânticos. Com uma área total de 400 m², este café temático tem na programação de seus finais de semana apresentações de animados musicais litúrgicos e declamação de textos bíblicos.

Amora, que fica a aproximadamente 30 minutos de Lisboa de carro, é uma pequena cidade com 50.000 habitantes, tendo sua fundação ocorrida em 1384.

Segundo Antônio Manuel Andrade, a proposta é a de manter um local de ambiente saudável e cristão para que os jovens da cidade e região possam desfrutar ao final do dia ou em fins de semana.

O cardápio possui os clássicos serviços de café, com a tradicional bica como carro-chefe.

Lattè Art Contrastes

Thiago Sousa

O Lattè Art é, sem dúvida, um dos mais estimulantes modos de incentivar o consumo de café, pois literalmente seduz o consumidor pelos olhos. Com um excelente blend, uma extração caprichada e um leite perfeitamente vaporizado, a combinação fica irresistível.

A técnica clássica, quando o leite vaporizado é sobreposto ao espresso,  utiliza o creme formado pelos óleos do café como fundo para às alvas figuras desenhadas. Neste caso, é fundamental que o creme seja consistente, com boa estrutura, para acomodar as partículas de gordura do leite, que têm tamanho um pouco maior.

Por isso, é que a destreza do barista ao movimentar a leiteira é decisiva para a criação de belos efeitos visuais.

Nesta foto, a clássica Rosetta, criada e executada por David Schomer, de Seattle, WA, USA, e que é considerada o ícone do Lattè Art.

Uma outra técnica é a que emprega o palito.

Aqui, o fundo é o leite vaporizado, já despejado sobre o espresso. Ou seja, é como se o trabalho fosse em “negativo” em relação à técnica clássica.

Da mesma forma, blends que proporcionem consistente cremes são fundamentais, pois eles servirão de “tinta” para os desenhos.

Também, o leite vaporizado obrigatoriamente tem de apresentar uma boa textura, com os glóbulos de gordura muito bem distribuidos, pois funcionarão como tela.

Na foto ao lado, o “urso” foi executado pelo Yuji Kadowaki, que foi Bi-Campeão do JBC – Japan Barista Championship e Vice-Campeão no WBC – World Barista Championship, em 2005.

E neste pequeno vídeo, veja as duas técnicas em execução em cenas exclusivas com Yuji Kadowaki, em dois momentos, e David Schomer elaborando sua famosa Rosetta nas antigas instalações doEspresso Vivace, em Seattle, WA, meses antes de sua demolição:

Um Café para um Et

Thiago Sousa

Varginha é considerada cidade-polo para a região do Café do Sul de Minas, contando aproximadamente com 200.000 habitantes. É um dos municípios com uma das maiores produções de café em nosso país.

Tradicionais famílias de cafeicultores, bem como antigas fazendas mostram a história do café nessa região.

As principais casas exportadoras de Cafés do Brasil possuem filial e, em muitos casos, armazéns para o preparo de café para a exportação. Para facilitar, há um Porto Seco, que é como se denomina um posto aduaneiro localizado no interior, possibilitando a preparação de toda a documentação de exportação. Assim, basta o container chegar num porto para ser embarcado em navio.

A alguns anos atrás, Varginha ficou famosíssima por um caso cercado de grande mistério ainda hoje: o aparecimento de um ET !

Algumas pessoas afirmaram ter visto um ser do espaço, outros, sua espaçonave, e etecetera e tal. O exército apareceu, negando tudo, de forma que o episódio lembrou o célebre caso do ET de Roswell.

Muito sinistro, não!?

Pois bem, depois disso, a cidade passou a capitalizar sobre o caso, conhecido como o “ET de Varginha”, com estórias como a de que ” o ET viajou o universo para beber um bom café…”.

Monumentos não faltam, como a nave em alumínio que acoberta a caixa d’água da cidade.

Voltando ao café, numa das principais praças da cidade, fica o COMCAFÉ, que é um misto de cafeteria e restaurante na casa onde funcionava anteriormente o Centro de Comércio de Café de Varginha.

Os Centros de Comércio de Café, muito conhecidos pela abreviação ”CCC”, funcionam em locais de onde os cafés partem para os destinos internacionais, sendo o órgão responsável em registrar as exportações do nosso venerado grão. O CCC de Varginha é o único que funciona no interior, justamente pelo fato de que nessa cidade existe um “Porto Seco”. Em função de acordos, os CCCs emitem o mais antigo e um dos mais eficientes documentos de rastreabilidade do mercado: o Certificado da OIC – Organização Internacional do Café. Num outro momento comentarei sobre esse certificado.

O COMCAFÉ é um local muito agradável, decorado com muito bom gosto e um toque pessoal do Cleber Marques de Paiva, atual presidente do CCC de Varginha, tendo salas reservadas e um belo balcão de café, como pode ser visto nesta foto. No almoço, executivos das casas exportadoras e cafeicultores tomam conta do local, entendendo que ali funciona, antes de tudo, um novo segmento do mundo do café.

Sendo espaço do CCC local, é uma interessante e estimulante idéia para difundir em pleno interior mineiro o hábito de se consumir excelentesespressos e suas variantes. Normalmente, os recônditos interioranos têm um atraso em abrigar novidades, mas em Varginha, talvez devido à influência do ET, chegaram rapidinho…

Coca Cola Café!

Thiago Sousa

A revitalização do mercado norte-americano de café, decorrente da fundação da SCAA – Specialty Coffee Association of America e a institucionalização do novo segmento de Specialty Coffeeou Cafés Especiais, na década de 80, aconteceu depois que sua indústria sentiu os efeitos devastadores da concorrência imposta pelas novas bebidas, como refrigerantes, águas e sport drinks.

A concorrência é a forma mais eficiente de estimular inovações sempre.

Outro detalhe importante: para que cada produto se mantenha desejável e, portanto, vendável, também é muito importante que sua imagem continue forte, criando interesse e adesão de novos consumidores.

É o que a Coca-Cola Co. está fazendo agora.

No ano passado foi lançada a Coca-Cola Blak, que é a versão do refrigerante com sabor café. Depois da Cherry Coke, esta foi a grande aposta da companhia que tem seu quartel-general em Atlanta, Georgia, USA.

E, estão prometendo para o próximo ano um novo produto a base de café, que deverá ser semelhante ao que já possui a muitos anos no mercado japonês, que é o café em latas de 170 ml ”ready to drink”.

Especula-se que o nome para o novo produto pode ser um destes três: Truvia, Tevai ou Kahe.

É…ninguém pode ficar eternamente deitado em berço esplêndido…

Juarez do Valle: Uma Homenagem

Thiago Sousa

A região do Cerrado Mineiro começou o convívio com a cafeicultura a partir do início da década de 1970, mais precisamente em 1972, segundo registros do extinto IBC – Instituto Brasileiro do Café, considerando-se o município de Patrocínio como referência.

Devido à característica geo-climática muito diferente das então tradicionais origens produtoras de Cafés do Brasil como a Alta Paulista, Norte do Paraná e Sul de Minas, os cafeicultores que se instalaram nos municípios do Alto Paranaíba, Triângulo Mineiro e parte do Noroeste de Minas tiveram de vencer muitos desafios, principalmente os relativos à tecnologia agronômica.

O Cerrado era conhecido naquela época como região de terras de pouca fertilidade e, por isso, de baixo valor. 

A busca por tecnologias que fossem adequadas ao clima continental, que define praticamente duas estações no ano, e ao ainda desconhecido solo dos cerrados, fez com que os produtores se organizassem em associações, cuja representatividade institucional alavancou um promissor modelo de interação entre a pesquisa e a produção.

A primeira associação de cafeicultores do Cerrado foi criada em Araguari, vindo, a seguir, a de Patrocínio, de Monte Carmelo e Araxá.

Jovens e ousados, os cafeicultores intuitivamente criaram um novo sistema de organização, onde um organismo passou a congregar as diversas associações que estavam surgindo na região. Esse organismo foi fundado em 1993 e é conhecido como CACCER – Conselho das Associações dos Cafeicultores do Cerrado, liderarando as ações de marketing institucional e político.

Num período de grande efervecência criativa, nomes como Antônio Reinaldo Caetano, Francisco Sérgio de Assis, Aguinaldo José de Lima e Juarez do Valle se destacaram como verdadeiros motores para o crescimento institucional do Cerrado.

Certamente uma das mais privilegiadas e criativas cabeças era a do Juarez do Valle, então Presidente da Associação de Araxá. 

Talvez por sua impetuosidade, Juarez tenha sido mal compreendido por diversas vezes, mas sempre havia um toque criativo seu que o fazia reconciliar com todos.

O seu momento genial foi quando teve o repente para criar uma logomarca para a nova região, que está na foto acima.

Juarez comentava que essa logomarca, que hoje é vista nos principais destinos consumidores de café, ele “enxergou” quando estava amarrando os seus sapatos, sentado numa cadeira.

Seus pés estavam formando um ângulo entre si e ele visualizou os ramos estilizados de café com um grão cereja no centro. Rapidamente pegou uma caneta e num pedaço de papel começou a fazer os primeiros esboços, que logo se tornaram numa das logomarcas mais representativas do universo dos Cafés do Brasil. Coisa genial.

Nos últimos tempos, Juarez estava envolvido na promissora área de biodiesel e considerava-se muito feliz.

Mas, no dia 31 de julho ele nos deixou, de forma repentina, vítima de um ataque fulminante. 

A cafeicultura brasileira e, em particular, da região do Cerrado Mineiro tem uma grande perda.

Sempre sonhador, Juarez tinha grandes planos e projetos, que provavelmente estará realizando nos campos celestiais…

Nesta foto, uma homenagem ao Juarez:

Café outros cultivos

Thiago Sousa

É normal ver lavouras de café cultivadas com outras culturas como o milho e feijão, em modelo que é chamado de “consorciamento”.

A idéia básica é a de que essas outras culturas, que normalmente têm o seu ciclo de produção mais rápido, ajudem no custeio do cafezal, gerando um fonte de receita extra.

É uma prática muito comum entre os produtores da agricultura familiar que, devido ao pequeno espaço disponível, têm a necessidade de aproveitar bem cada pedaço de solo.

Um exemplo interessante é este, em que o café está cultivado juntamente com bananeiras.

O Márcio Heleno, do Sítio São Benedito, de Dom Viçoso, Serra da Mantiqueira, MG, posa ao lado de sua lavoura consorciada.

Observe agora, em “close” os grãos amarelos em ponto de plena maturação, quando adquirem coloração dourada… Bonito, não é mesmo?

Pode acontecer o inverso, também: é o caso em que a lavoura de café “financia” uma lavoura ainda mais nobre!

Paulo Celso de Almeida, do Chapadão de Ferro, Patrocínio, MG, fez um plantio consorciado de café com mogno, árvore que fornece nobre madeira de tons avermelhados, muitíssimo apreciada pelos ingleses.

É uma poupança, como ele diz, pois somente daqui a uns 20 anos ele poderá “sacar” o que investiu…

Veja o aspecto dessa lavoura café e mogno com 6 anos de idade:

Os verdes grãos indesejáveis

Thiago Sousa

Em fins de janeiro, quando o Sérgio d´Alessandro, de Manhumirim, região da Serra do Caparaó, MG, relatou sua preocupação com uma indesejável florada, não havia ainda uma constatação da dimensão que esse evento alcançaria.

Em seguida, observamos o mesmo problema em outras origens como na Mogiana, SP, no Cerrado Mineiro, e na Serra da Mantiqueira, Sul de Minas, além de relatos de produtores do Oeste da Bahia e do Paraná.

Vejam, agora o efeito durante este importante momento, que é o da colheita. Esta sequência de fotos captada em lavouras de Dom Viçoso, Serra da Mantiqueira, MG.

1. Apesar do belo efeito estético, pode se ver perfeitamente as diferentes floradas, desde a mais antiga, com os grãos quase secos, e a mais recente, com os grãos verdes:

2. Nesta próxima foto, observe os grãos verdes em internódios (de onde saem os botões de flores que se tornarão frutos ou, dependendo da resposta fisiológica do cafeeiro, uma nova ramificação) que obrigatoriamente têm de ser colhidos agora, pois sua maturação será muito tardia.

Infelizmente, estes grãos se constituem em dupla perda: como verdes, serão descartados durante o preparo do café para a comercialização e, por outro lado, fazem com que esses internódios deixem de produzir na próxima safra.

3. Agora, um outro evento ainda mais preocupante: uma florada em pleno mês de junho (esta imagem foi captada no dia 21). O clima, definitivamente, está maluco…

Arquitetura dos campos de café 3

Thiago Sousa

Solar dos Werner, em Manhumirim, MG.

Aqui o destaque é o uso da cor verde ao invés da tradicional azul escuro. O efeito é, no mínimo, interessante, pois confere grande leveza às formas coloniais.

A Família Werner tem sua origem na Suiça, cujos imigrantes influenciaram fortemente a região da Serra do Caparaó, MG.

Ainda em Manhumirim, uma casa com a influência de Le Corbusier, em plena Matas de Minas!

Esta casa, de propriedade da Sra. América Segal Dias, foi construída pelo seu marido, Rubens, e que aplicou conceitos modernistas do genial Charles Jeanneret como, por exemplo, as janelas com volumes em fitas.

Aprecie esta preciosidade:

Agora um outro tipo de construção: igrejas.

E esta, em particular, é de uma beleza e história muito particulares.

É a igreja matriz de Carmo de Minas, Serra da Mantiqueira, MG. Com mais de 50 anos de história, tem suas linhas baseadas nas igrejas portuguesas, como bem demonstram os recortes em blocos da torre e laterais da nave principal. Toda a parte interna foi importada de Portugal, com os vitrais, as luminárias e algumas câmaras.

Vale a visita:

E agora?

Que lhe parece?

Este exuberante e imponente prédio é o Seminário da cidade de Manhumirim, MG. Mas, poderia estar em qualquer legítima “piazza” italiana, pois suas linhas nos transportam ao belo país que é berço do espresso!

Arquitetura dos campos de café 2

Thiago Sousa

Carmo de Minas, Serra da Mantiqueira, MG.

Esta é a casa sede da Fazenda Santa Rita, de Carlos Henrique, e que foi construída em 1928.

Mantém o tradicional porão e tem uma varanda com um moderno apoio de peitoril em ferro batido:

Veja, agora, detalhes da janela e a inscrição com o ano de sua construção:

Coromandel, Cerrado Mineiro. Uma construção centenária, esta é a antiga igreja sede da cidade, em estilo colonial. O nome “coromandel” é muito interessante e refere-se a uma árvore de grande porte comum nas florestas tropicais asiáticas. Coincidentemente, há uma cidade com o nome de Coromandel na Nova Zelândia!

Botucatu, SP.

A Fazenda Lageado, hoje parte do campus da UNESP de Botucatu, foi uma das maiores na produção de café nessa região de São Paulo.

Sua estrutura impressiona, principalmente pelos seus imensos terreiros de tijolo.

Nesta foto vê-se o antigo armazém onde ficavam as tulhas e o sistema de benefício de café. A entrada do café para as tulhas era feito em sua parte superior, alinhada com o terreiro, e cujo acesso era feito por esta ponte.

P1000914.JPG

Arquitetura dos campos de café 1

Thiago Sousa

Uma das coisas que me fascina é a arte das formas nas construções e, nisso, os Campos de Café são pródigos, seja ao evocar a época dos históricos “Barões do Café” ou mesmo instalações inusitadas.

Farei uma pequena série com registros de diferentes origens e construções que trazem um pouco da história da cafeicultura brasileira.

Começamos pela região Araraquarense, em São Paulo.

Este casarão centenário é a sede da Fazenda Monte Alto, em Monte Alto, junto ao centro geográfico do estado de São Paulo. Foi restaurado pela sua atual proprietária, Maria Helena Monteiro, num trabalho minucioso.

Abaixo, uma vista lateral do imponente casarão, que mantém a combinação tradicional de cores branco e azul escuro.

Seguindo para o Cerrado Mineiro, esta é a casa sede da Fazenda Santa Cecília, em Carmo do Paranaíba, de Pedro Humberto Veloso.

Observe bem a fachada:

Parece familiar?

Veja por este outro ângulo…












Este casarão, que tem aproximadamente 110 anos e que originalmente foi construído por missionários cristãos que estavam na região, serviu de palco para as filmagens do seriado “Grande Sertão: Veredas”.

Recuperado, Pedro manteve toda a sua estrutura original, inclusive as cores aplicadas.

Propaganda: Desperte!

Thiago Sousa

O Café Suplicy é um empreendimento do Marco Suplicy, de tradicional família paulistana ligada ao café, tanto na produção quanto na sua comercialização.

Após 2002, depois de viajar e conhecer as fantásticas cafeterias do NorthWest dos Estados Unidos, Marco resolveu lançar a sua no coração fashion de São Paulo, no badalado bairro dos Jardins.

Disposto a introduzir um novo conceito no Brasil, um dos pontos de maior impacto foi o treinamento oferecido aos futuros baristas, que teve a estrelada Sherry Jones, de Portland, OR, como guru.

Escolhendo excelentes cafés, inclusive alguns de muita exoticidade para o ainda não acostumado paladar brasileiro, a verdade é que o Café Suplicy se firmou como um local de vanguarda e, principalmente, como referência de um novo estilo de cafeteria.

Abaixo, uma divertida seqüência  de anúncios para estimular a todos beberem um café e “despertar o que cada um tem de melhor de si…”:

Café Y Piernas Pero Un Gran Café

Thiago Sousa

Com a valorização do Real, o brasileiro está viajando mais para o exterior, apesar do caos ou “apagão” aéreo que o Brasil tem passado desde o final de 2006.

Um dos destinos prediletos nas férias de julho é o Chile.

Viagem agradável, não muito longa, desde que embarcados…

Apesar da entrada da rede norte-americana Starbucks em Santiago, que conta com 10 lojas, os chilenos dessa cidade demonstram uma paixão pelo café de longa data.

Duas casas tradicionalíssimas, localizadas na área central de Santiago, mantém uma história de quase 30 anos: são o Café Haiti e o Café Caribe.

Ambas são do mesmo empresário, um italiano de nome Señor Lubiano que migrou a mais de 40 anos para o Chile e que não queria ficar sem saborear o seu espresso.

Desde a escolha das máquinas, que são todas da tradicionalíssima empresa de máquinas paraespresso Gaggia e de 4 grupos errogadores (onde são encaixados os porta-filtros com o pó), raríssimas de se ver, e escolha do blend do café, tudo é obra do Señor Lubiano.

O Café Haiti, que fica na Calle Ahumada, possui um amplo salão, onde 4 imponentes máquinas Gaggia dominam um longo balcão onde são os servidos os cafés.

Seu movimento é impressionante, intenso durante todo o dia.

Sua clientela modifica-se em função do horário, sendo que no meio da manhã predominam os empresários e profissionais liberais, que discutem sobre a economia e rumos dos negócios. À tarde, o ambiente fica mais familiar, e até com diversos grupos de senhoras que aproveitam o local para um alegre encontro.

No final de semana, as famílias tomam conta, definitivamente, vendo-se pais e filhos se acotovelando nos balcões e desfrutando das bebidas de café que essa tradicional casa serve.

Um dos mais pedidos é a versão da casa do cappuccino, como pode ser visto na foto a seguir:

Y las piernas?

Si, las hay…

A princípio, pode-se achar que o ambiente é machista porque as atendentes usam vestidos colantes, deixando à mostra pernas. E todas as “chicas” possuem belas piernas

Mas, o ambiente familiar logo faz com que essa primeira imagem se desfaça e percebe-se que há, antes de tudo, naturalidade e muito respeito.

Nesta foto estão Jocelin, à esquerda, e a Sra. Leontina, que completou 25 anos de casa!

Leontina, como faz questão de ser chamada, é extremamente atenciosa, sugerindo bebidas e comentando sobre a história da casa.

Só a divertida conversa com ela já vale a visita.